A reitora da USP (Universidade de São Paulo), Suely Vilela, enviou na quinta-feira (10) uma carta em resposta a cinco reivindicações –de um total de 14– feitas por alunos que ocupam o prédio da reitoria desde o último dia 3. Elas só serão colocadas em prática, porém, se os alunos desocuparem o prédio.
Os alunos ocuparam a reitoria depois que foram impedidos de entrar para entregar uma carta para o vice-reitor, Franco Lajolo, uma vez que a reitora, Suely Vilela, estava na Europa para compromissos acadêmicos. Os alunos quebraram portas e expulsaram todos os funcionários do prédio, que tem cerca de 1.000 servidores. Desde então, acampam no local.
A reitora se reuniu com um grupo de alunos na terça (8). Em carta enviada a eles na quinta-feira, Suely afirma que serão construídas 334 moradias, sendo 198 no campus Butantã (zona oeste de São Paulo), 68 em Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) e 68 vagas em São Carlos (231 km a noroeste). Os alunos exigiam quase o dobro: 594 moradias. Suely informou aos alunos que estão previstos R$ 500 mil para reformas nas moradias já existentes.
Em relação às reformas nos prédios da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e Fofito (Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), a reitora informou aos alunos que as definições a respeito desse assunto devem ser debatidas em uma reunião entre os 15 e 20 de junho.
Os alunos também haviam pedido um posicionamento oficial da USP a respeito dos decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que criou a Secretaria de Ensino Superior. A reitora comunicou que a universidade só poderá se posicionar após reunião do Conselho Universitário. E a reunião do conselho só será realizada uma semana após a desocupação do prédio da reitoria. Ou seja, não há data definida.
Suely também se compromete a divulgar, até o dia 30 de maio, o número de docentes que serão contratados, após definição de prioridades por parte dos departamentos.
Os alunos estão reunidos na madrugada desta sexta-feira para discutir os pontos da carta. Enquanto isso, eles avisaram à 0h05 desta sexta-feira que a ocupação continuaria.