Pelo segundo ano inadimplência recua no ensino superior privado

·         Pela primeira vez a pesquisa do Semesp apresenta dados nacionais.

·         Apesar da queda de 4,60%, taxa se mantém em patamares críticos: 9,57% no Estado de São Paulo e 9,58% no Brasil

·         Índice do ensino privado fica 68% acima dos demais setores da economia e entidade propõe alteração na “Lei do Calote”

 

Pelo segundo ano consecutivo, o ensino superior privado do Estado de São Paulo registrou uma queda no índice de inadimplência das instituições do setor em 2010. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Semesp – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo através do Sindata, sistema de informações econômicas da entidade, que revelou que a inadimplência do setor registrou uma leve queda de 1,58%, recuando de 9,72% em 2009 para 9,57% em 2010.

Realizada durante o primeiro semestre de 2011 junto às instituições de ensino superior privadas do Brasil, pela primeira vez a pesquisa apresenta dados nacionais. Mesmo com retração de 4,60%, a taxa de inadimplência do segmento no país ainda registra níveis muito elevados. Enquanto a inadimplência total de pessoas físicas chegou a 5,70%, dado divulgado pelo Banco Central no final de 2010, nas instituições de ensino superior privado a taxa atingiu 9,58%, índice que se situa 68% acima dos demais setores da economia. 

Para o presidente do Semesp, Hermes Ferreira Figueiredo, a diminuição da inadimplência pouco ameniza as dificuldades do setor, hoje responsável por 75% das matrículas da educação superior no país.  “O segmento sofre o impacto da Lei n° 9.870/99, conhecida como “Lei do Calote”, que não permite a aplicação de penalidades quando o aluno está inadimplente. A educação não pode ser a última opção de pagamento do aluno. Nesse aspecto, a legislação prejudica, já que o ensino deveria ser prioridade”, afirma o educador.

De acordo com o diretor executivo do Semesp e coordenador da pesquisa, Rodrigo Capelato, a queda da inadimplência também é reflexo de ações das próprias IES. “As instituições de ensino superior privado conseguiram criar financiamentos próprios e profissionalizar a gestão de cobranças. Outro fator importante para a redução da inadimplência é a queda das mensalidades o que vem acontecendo ao longo dos últimos dez anos”, analisa Capelato.

– Pela primeira vez a pesquisa do Semesp apresenta dados nacionais.
– Apesar da queda de 4,60%, taxa se mantém em patamares críticos: 9,57% no Estado de São Paulo e 9,58% no Brasil
– Índice do ensino privado fica 68% acima dos demais setores da economia e entidade propõe alteração na “Lei do Calote”