O diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), Rodrigo Capelato, apresentou nessa terça-feira (23), um panorama econômico completo e atualizado das Regiões Administrativas de Ribeirão Preto (25 municípios), São Carlos (26) e Franca (23) durante a 12ª edição das Jornadas Regionais que aconteceu no Hotel Ibis Ribeirão Shopping.

Segundo levantamento da Assessoria Econômica do Semesp, as matrículas em cursos presenciais na rede privada na região de Ribeirão Preto cresceram 11,4% em 2014, índice superior ao do Estado de São Paulo (4,3%). Em 2013, eram 34.889 alunos matriculados no ensino superior particular e, em 2014, esse número passou a 38.851. Na região de Franca, o crescimento chegou a 7,9% (eram 13.668 alunos matriculados em 2013, contra 14.751 em 2014). Na região de São Carlos, o aumento ficou em 3,4% (eram 21.783 alunos matriculados em 2013 e passou a 22.519 no ano seguinte).

“A tendência, no entanto, considerando 2015, é que as matrículas nos cursos presenciais caiam cerca de 10%, porque 80% dos jovens da Classe C, que vinham aumentando essas estatísticas em função da campanha governamental pelo uso  maciço do Fies (75%  dos quais cursaram escola pública), têm renda per capita de até 1,5 salário mínimo e não vão ter como financiar os estudos. Muitos vão desistir do curso que vinham financiando, ou nem imaginar tentar cursar”, adverte Capelato.

EaD

Durante a Jornada Regional foi apresentado um dos dados da pesquisa realizada pelo Semesp e o Data Popular, que será divulgada ainda esse mês, segundo o qual 85% desses jovens não querem cursar a EaD, ou seja, “não há hoje um produto específico para atender a essa classe social”.

A faixa etária que costuma frequentar a EaD fica entre 25 anos até 39 anos. Segundo os dados apresentados, as matrículas nos cursos a distância também registraram índices de crescimento em 2014. Na Região Administrativa de Ribeirão Preto, esses cursos tiveram um aumento de 32,7% nas IES privadas – 9.017 matrículas em 2013 para 11.968 em 2014. E uma queda de -37,6% nas públicas – 416 mil matrículas em 2013, contra 261 mil no ano seguinte. Na região de São Carlos houve crescimento nas IES privadas de 18,8% (4.898 matrículas em 2013 contra 5.817 em 2014), mas nas públicas a queda ficou em -8,9% (338 mil matrículas em 2013, contra 308 mil em 2014). E na região de Franca, as IES públicas tiveram um acréscimo de 15,9% nas matrículas enquanto as privadas ficaram com uma queda de -20,6%. “O motivo da queda de matrículas na EaD da rede pública, é que o portfólio de cursos das universidade públicas é praticamente só para formação de docentes e a demanda vem caindo ano a ano”, explicou Capelato.

Graduação tecnológica

Segundo Capelato, a graduação tecnológica presencial caiu 3% no Brasil em 2014. “Os cursos de menor duração e focados na profissionalização, que se encaixam no perfil dos jovens da classe C, vem caindo porque a graduação tecnológica no Brasil é extremamente desvalorizada. Nos países desenvolvidos, a grande inclusão no ensino superior se dá por meio dos cursos técnicos. Nos EUA, 50% são cursos tecnológicos e na Alemanha mais de 70% são dessa modalidade.”

Big Data

O Semesp mostrou ainda um estudo encomendado a Caio Simi, diretor-executivo da Numbr, que fez um levantamento do perfil dos jovens que acessaram as mídias sociais em 2015, na Região Administrativa de Ribeirão Preto para, por meio de Big Data, melhorar a performance de comunicação e marketing das Instituições de Ensino Superior. “Mais de 72 mil alunos em Ribeirão Preto entraram nas redes sociais para criticar as IES na região no ano passado, 39% comentou sobre a falta ou demora no atendimento que recebeu das IES, 19% criticou o curso que está fazendo e 11%  a plataforma de cadastro e o reembolso no Fies, 9% dos alunos reclamou da demora na efetuação da matrícula e 8,14% teve dificuldade no contato com alguém na IES. “Isso revela que cada vez mais é preciso aprofundar a análise do que esss jovens necessitam, o que procuram e que desejam. Nesse levantamento 66% do público até 34 anos são mulheres e 44% homens, sendo 52% casado”, revelou Simi.

As próximas edições das Jornadas Regionais acontecerão em: Santos (15/3), Bauru (29/3), São José dos Campos (12/4), Campinas (26/4) e São José do Rio Preto (1/6).

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/  www.facebook.com/semesp/ https://www.linkedin.com/company/semesp.

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