Entidade ressalta a necessidade de políticas de inclusão e alerta que mudanças

no Fies podem agravar ainda mais a diferença

Levantamento do Semesp mostra que, passados 130 anos desde a Abolição, o país ainda convive com uma grande desigualdade, demonstrada pelas diferenças no acesso ao ensino superior e na escolha das profissões com base na cor/raça da população.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad 2015 do IBGE, no Brasil há cerca de 110 milhões de pessoas residentes no país que se declaram da cor/raça preta/parda, o que representa 54% da população. Apesar de serem maioria, de acordo com o levantamento do Semesp, em 2016, o total de ingressantes nas instituições de ensino superior brasileiras que se declararam da cor/raça preta/parda representava 44,3%, contra 52,6% da cor/raça branca.

Outro dado significativo é que, em 2016, mais da metade (52,2%) dos ingressantes com Fies – Fundo de Financiamento Estudantil no ensino superior privado declarou ser da cor/raça preta/parda, contra 44,8% da cor/raça branca.

O diretor Executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, afirma que os dados ressaltam a importância e a necessidade de o Brasil desenvolver políticas de inclusão e de ampliar programas como o Fies, que facilita o acesso de todos ao ensino superior, para diminuir a desigualdade por cor/raça, mas faz um alerta: “O número de alunos da cor/raça preta/parda com Fies mostra claramente que políticas de inclusão são positivas para o Brasil superar as diferenças nos percentuais de ingressantes por cor/raça no ensino superior e que programas de financiamento devem ser ampliados. Entretanto, as recentes mudanças no Fies, promovidas pelo Ministério da Educação, dificultam as regras para o estudante obter o financiamento, além de uma significativa redução na oferta de vagas. Infelizmente, essas alterações podem piorar a comparação dos percentuais de estudantes por cor/raça nos próximos anos. País corre o risco de retroceder no caminho da igualdade.”

Quando os ingressantes são analisados com base nos cursos escolhidos, a desigualdade por cor/raça fica ainda mais evidente. Em Medicina, apenas 28,9% dos estudantes são da cor/raça preta/parda. Já em Enfermagem, 54,9% dos ingressantes são dessa cor/raça, contra 40,6% de brancos. Em Licenciaturas, o equilíbrio é maior: 47,8% de pretos/pardos e 49,6% de brancos. Mas em Engenharias, a diferença desfavorável para alunos pretos/pardos volta a subir: o percentual é de  41,8%, contra 55%, de brancos. Os cursos de Direito e Administração apresentam, respectivamente, 41,8% e 44,9% de pretos/pardos e 55,2% e 52,2% de brancos.

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Semesp, entidade que congrega um grupo expressivo de mantenedoras de ensino superior do Brasil, tem como objetivos prestar serviços de excelência e orientação especializada aos seus associados, oferecer soluções para o desenvolvimento da educação acadêmica do país, além de preservar, proteger e defender o segmento privado do ensino superior brasileiro. Comprometida com a inovação, a entidade mantém uma estrutura técnica especializada que realiza periodicamente uma série de estudos e pesquisas sobre temas de grande relevância para o setor e promove a interação entre mantenedoras e profissionais de educação. Realiza também eventos como o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica, o Congresso de Políticas Públicas para o Ensino Superior e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo, e ainda capacita os profissionais da educação superior por meio da Universidade Corporativa Semesp. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ e http://uc.semesp.org.br/.

Mídias Sociais

www.facebook.com/semesp/

https://www.linkedin.com/company/semesp

https://www.youtube.com/user/VideosSemesp

www.instagram.com/semespoficial/

 

Atendimento à Imprensa

Roseli Ramos
Assessora de Comunicação
Convergência Comunicação Estratégica
(55 11) 2069-4419