Objetivo do site é filtrar conteúdo de interesse para o usuário

Facilitar a procura por livros na internet. Esse é o objetivo do buscador Bibloo, criado pelo estudante de Sistemas para internet Alexandre Castanheira. A ideia iniciou de um trabalho simples, se tornou um projeto de iniciação científica, e hoje é tema do trabalho de conclusão de curso (TCC) do aluno, que estuda na Faculdade de Tecnologia (FATEC) Rubens Lara, em Santos, São Paulo.

A proposta do buscador vertical é filtrar obras pela qualidade de informação e não apenas pela quantidade de resultados. “Em algumas situações, para obter uma única informação, você é obrigado a realizar várias buscas, pois os dados estão fragmentados em diversos sites, a ideia do Bibloo é centralizar toda essa informação para o usuário”, explica Alexandre.

O projeto está em fase de finalização, mas, o estudante já planeja ampliar o buscador para atender a outras demandas dos leitores. “Pretendemos mostrar os locais próximos de compra para determinado livro, tanto em lojas físicas, quanto online, utilizando geolocalização. Também indicaremos livros para o usuário de acordo com seu gosto e opinião”, afirma o estudante.

Com as ferramentas básicas de busca e visualização completas, o site foi apresentado no 12° Congresso Nacional de Iniciação Científica, realizado pelo Semesp, na Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo.

Congresso de iniciação científica tem quase 2 mil trabalhos em 2012

Maior evento do gênero no país tem grande número de estudos apoiados por bolsas e ajuda das próprias instituições de ensino superior

O 12º CONIC – Congresso Nacional de Iniciação Científica, realizado pelo SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo em parceira com a Universidade São Judas (Unidade Mooca), teve um número recorde na edição desse ano: 1.949 trabalhos foram enviados para inscrição (contra 1.932 em 2011). Desses, 1.845 foram efetivados e 1.536 aprovados para participação efetiva no Congresso.

Os trabalhos foram produzidos por 2.641 alunos pesquisadores (autores e coautores) e orientados por 1.117 professores de 232 instituições de ensino superior de todas as regiões do país e foram divididos em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biológicas e da Saúde (501), Ciências Exatas e da Terra (48), Ciências Humanas e Sociais (415), Ciências Sociais Aplicadas (262) e Engenharias e Tecnologias (310). Na divisão por categorias, os trabalhos concluídos totalizaram 664 (43%) e os em andamento 872 (57%).

A região Sudeste concentrou a maior participação esse ano. Do Estado de São Paulo foram 1.486 inscrições, seguindo-se Minas Gerais com 134, Rio de Janeiro com 33 e Espírito Santo com sete trabalhos apresentados e aprovados.

Os números registraram um crescimento de mais de 85% na comparação com a primeira edição do CONIC, realizada em 2005, quando 994 trabalhos foram inscritos e representaram um aumento considerável na participação dos estudantes das IES privadas – 1.777 inscrições (91%) contra 172 (9%) trabalhos de alunos de IES públicas.

“O grande número de trabalhos de pesquisa científica apresentados, nos últimos anos, comprova o interesse dos estudantes na busca por novos conhecimentos e abre possibilidades para que esta atividade receba cada vez mais atenção e investimentos no Brasil”, avalia Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. Para o professor e diretor do Centro de Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu, Antônio José da Silva, “a São Judas sempre atuou com base no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão e o CONIC é uma excelente oportunidade para mostrar aos participantes do evento, que vêm de todo Brasil, a estrutura educacional e os trabalhos desenvolvidos por alunos e professores durante a graduação”.

Bolsas de estudo

O apoio das IES e de organismos de fomento à pesquisa aos estudantes participantes do 12º CONIC, foi significativa nesta edição do evento. Entre os alunos de IES privadas, 29,7% receberam alguma espécie de ajuda das próprias IES no desenvolvimento dos trabalhos, enquanto que apenas 8,9% contaram com apoio de organismos oficiais como o CNPQ e a Fapesp.

Já entre os alunos de instituições públicas, a concessão de bolsas teve um perfil diferente: 22,9% contaram com financiamentos públicos e 14,3% com ajuda das próprias instituições.

“A concessão dos incentivos oficiais para pesquisa em maior número para trabalhos de estudantes da rede pública precisa ser melhor discutida, pois os alunos da rede privada, que já se esforçam para pagar as mensalidades, precisam de mais apoio para desenvolverem suas investigações acadêmicas, as quais são igualmente necessárias para a geração de conhecimento”, conclui Capelato.