O diretor executivo do Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, Rodrigo Capelato, apresentou na última terça-feira (15 de março), um panorama econômico completo e atualizado das Regiões Administrativas da Baixada Santista (9 municípios) e Registro (14) durante a 12ª edição das Jornadas Regionais que aconteceu no Hotel Mercure, em Santos.

Segundo levantamento da Assessoria Econômica do sindicato, as matrículas em cursos presenciais na rede privada na região da Baixada Santista cresceram 4,6% em 2014, índice superior ao do Estado de São Paulo (4,3%). Em 2013, eram 44.012 alunos matriculados no ensino superior particular e, em 2014, esse número passou a 46.044. Na região de Registro, o crescimento chegou a 3,4% (eram 2.443 alunos matriculados em 2013, contra 2.526 em 2014).

“Segundo sondagem do Semesp com 70 instituições de ensino superior no Estado de São Paulo, no período de 3 a 10 de março agora, o número de ingressantes no ensino superior caiu 15,23% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa cerca de 74 mil novos alunos a menos no primeiro semestre de 2016”, revelou Capelato.

Ele salientou ainda que 71% das instituições de ensino superior participantes da sondagem afirmaram que tiveram queda no número de novos alunos, e 59% delas afirmaram que tiveram queda no número de rematrículas. O impacto médio nas rematrículas chegou a 6,82%, o que representa cerca de 80 mil alunos a menos do que era esperado de rematrículas para 2016.

A crise também teve reflexo no nível de emprego das instituições. Ao comparar a diferença de demitidos e admitidos de novembro a dezembro de 2015, houve um aumento de 38% em relação ao período anterior, sendo que 69% das instituições revelaram que tiveram que reduzir a carga horária dos professores.

EaD

Já os cursos EaD, na Região Administrativa da Baixada Santista, tiveram um aumento de 4,2% nas IES privadas – 10.334 matrículas em 2013 para 10.764 em 2014. Na região de Registro houve uma queda de -2% (1.800 matrículas em 2013 contra 1.764 em 2014).

Graduação tecnológica

Segundo Capelato, a graduação tecnológica presencial caiu 3% no Brasil em 2014. “Os cursos de menor duração e focados na profissionalização, que se encaixam no perfil dos jovens da classe C, vem caindo porque a graduação tecnológica no Brasil é extremamente desvalorizada. Nos países desenvolvidos, a grande inclusão no ensino superior se dá por meio dos cursos técnicos. Nos EUA, 50% são cursos tecnológicos e na Alemanha mais de 70% são dessa modalidade.”

Big Data

Renato Dolci e Caio Simi, diretor de Inovação e diretor executivo da Numbr, respectivamente, mostraram durante a apresentação como o uso do Big Data pode captar e reter alunos. Entre os dados interessantes da Baixada Santista em 2015, eles destacaram que os principais motivos para críticas às IES em Santos estavam ligadas primeiro ao atendimento, seguidos de entrega de diplomas e EaD. Apesar disso, esses fatores não são os principais motivos para evasão, no qual aparecem, principalmente, problemas financeiros, seguidos por falta de interesse e problemas com o FIES.

As próximas edições das Jornadas Regionais acontecerão em: Bauru (29/3), São José dos Campos (12/4), Campinas (26/4) e São José do Rio Preto (1/6).

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