A 10ª Pesquisa de Inadimplência realizada pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior com as instituições de ensino superior privadas revelou que a inadimplência aumentou 12,9% em 2015, em relação ao ano anterior, em todo o Brasil e também no Estado de São Paulo. O levantamento registrou um índice de 8,8% para as mensalidades com atraso acima de 90 dias, e mostrou que as instituições de pequeno porte, com até dois mil alunos, são as que mais sofrem com a inadimplência, com um índice de 10,4% no período.

O índice é o maior desde 2010, quando a inadimplência do setor atingiu 9,6%. A taxa de curto prazo, com até 30 dias de atraso, também sofreu acréscimo, passando de 13,2% em 2014, para 14,8% em 2015. A taxa de médio prazo, com até 90 dias, também subiu de 10% em 2014, para 11,1% em 2015.

O levantamento desenvolvido pela Assessoria Econômica do Semesp, por meio do Sindata – Sistema de Informações do Ensino Superior Particular, e pelo Instituto PHD mostra que, depois de dois anos de elevação, a tendência para 2016 é de estabilidade. A projeção aponta para uma pequena variação do índice: dos 8,8% atuais,para 9% neste ano.

“A alta na inadimplência no ensino superior pode ser explicada pela crise macroeconômica e política que o país enfrenta, pelo corte de recursos do financiamento estudantil do Governo Federal, o Fies, ocorrido no final de 2014, e também pela queda acentuada no número de contratos novos em 2015” observa o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.  Segundo o dirigente, “a expectativa de estabilidade para este ano é um boa noticia para o setor, que reflete o aumento da confiança dos mercados na recuperação da economia do país”.

As projeções da Assessoria Econômica do Semesp foram realizadas com base em indicadores de atividade econômica, Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, número de contratos do Fies, e entrevistas com mantenedores de IES associadas e não associadas pelo país.

A pesquisa do Semesp traz dados sobre o ano de 2015 em comparação com 2014 sob diversos aspectos, como por localidade (Brasil, Estado de São Paulo, Região Metropolitana e Interior), por porte (pequeno, médio e grande) e por diferentes períodos de atraso (até 30 dias, até 90 dias e acima de 90 dias), oferecendo um retrato bem detalhado dos índices de inadimplência.

A Região Metropolitana de São Paulo, que concentra mais de 50% das matrículas do Estado, registrou aumento de 7,3% na inadimplência acima de 90 dias, subindo de 4,2% em 2014 para 4,5% em 2015, abaixo do índice do Interior do estado, que saiu de 9,8% em 2014 e chegou a 11,3% em 2015 e do próprio Estado de São Paulo, que registrou crescimento de 12,6% de 2014 a 2015.

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/  www.facebook.com/semesp/ https://www.linkedin.com/company/semesp.

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