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*Fábio Reis, Diretor de Inovação e Redes de Cooperação

As nossas IES são relevantes para os jovens que buscam formação para a qualificação profissional? Elas estão inseridas no contexto do mundo digital? E formam egressos com as competências exigidas pelos empregadores e que são capazes de lidar com os novos desafios do setor produtivo? A resposta não é simples e, provavelmente, poucos gestores irão responder de forma positiva e consistente.

A IES relevante e inserida no mundo digital é capaz de definir seu projeto acadêmico e administrativo e adiantar-se às demandas das tecnologias advindas da Inteligência Artificial (AI). São instituições capazes de ter projetos de robótica e de AI, de instigar o mindset criativo no modelo acadêmico e inspirar professores e estudantes no processo de ensino e aprendizado.

As IES à “prova de robô” criam demandas, não são conduzidas pelas novidades e reconhecem que o novo modelo de educação superior exige mais que o diploma. Não basta às pessoas terem o diploma, mas não serem capazes de lidarem com as demandas do mundo que vivemos. É preciso que os estudantes adquiram capacidades cognitivas, que façam simulações com o mundo real e que tenham uma aprendizagem baseada em desafios concretos.

Os gestores de IES terão que aliar em seu modelo acadêmico criatividade, flexibilidade na formação, conexão com a realidade social e com o mundo das organizações 4.0. Continuar formando estudantes como formamos no século 20 é um perigo.

A Tec. de Monterrey sempre foi uma instituição que procurou adiantar-se às novidades para construir seu modelo acadêmico. A instituição foi fundada em 1943 e, hoje, conta com mais de 93 mil estudantes espalhados em 26 Campus no México. A Tec. possui 18 oficinas de internacionalização em diferentes países e 58% de seus estudantes possuem experiência internacional. É uma instituição com inserção regional, nacional e global.

Foi a primeira IES da América Latina a conectar-se a internet em 1989, e o seu modelo de EAD tornou-se referência na década de 1990. A Tec. de Monterrey expandiu seus cursos de EAD para a América Latina, Europa e Ásia. No início do século 20, o modelo de EAD foi refeito.

Da mesma forma, a instituição tornou-se referência no ensino presencial. No dia 12 de agosto desse ano, a Tec. iniciou em todos os seus cursos o Modelo Tec. 21, que começou a ser planejado em 2013, quando começaram a ser feitos vários estudos e testes em diferentes cursos de graduação. O novo modelo tem os seguintes pilares: professores inspirados, aprendizagem baseada em desafios, flexibilidade curricular e vivência universitária.

Parece algo simples, pois esses pilares são conhecidos e debatidos por nós no Brasil. Todavia, o desafio é implantar em todos os cursos de graduação e pós-graduação um novo paradigma acadêmico, de forma sistêmica, como se propõe a Tec. de Monterrey.

Para implantar o modelo foi preciso estudos de desenhos curriculares e capacitação dos professores. Aqui no Brasil, muitas vezes, não desenhamos o projeto, não preparamos as pessoas e a instituição, mas começamos algo novo e queremos resultados rápidos, por isso, de modo geral, as boas intenções frequentemente fracassam.

A Tec. de Monterrey é um exemplo de instituição que alia o modelo acadêmico à tecnologia e à formação humana e social.  Ela usa da robótica, da AI e de outros artifícios da tecnologia como instrumento de formação de seus estudantes. A Tec. dificilmente será surpreendida pelas novidades, por isso, é uma “instituição à prova de robôs”.

O Reitor da Tec, David Garza, estará no FNESP. Não deixem de conhecer a experiência de uma IES competitiva globalmente e reconhecida pela sua capacidade de inovar com tecnologia.


Fábio Reis
Diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp


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