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O diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp, Fabio Reis, lança o projeto de autoavaliação durante o FNESP (Foto: Semesp/ Guilherme Veloso)

O Semesp lançou, nesta quinta (28), no segundo dia do 23º FNESP, um projeto-piloto de um novo modelo de autoavaliação institucional. Desenvolvido pela entidade, o modelo será implantado, a partir de 2022, em 10 instituições de ensino superior de várias regiões do país, que representam a diversidade do sistema em termos de porte, organização acadêmica e localização geográfica.

As IES participantes do projeto-piloto promoverão, durante um ciclo avaliativo de um ano, uma reflexão sobre seus objetivos, modos de atuação e resultados obtidos em cinco áreas de avaliação institucional que contemplam as 10 dimensões avaliativas do Sinaes, por meio de uma metodologia de análise que considera as suas missões, especificidades, diferenças de contexto e assimetrias geográficas, sociais e culturais, levando a resultados que valorizem esses diferentes aspectos.

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“O modelo proposto verificará as políticas e mecanismos adotados e, com essa análise, elas garantirão uma base sólida de informações válidas e confiáveis ​​sobre seus diferentes processos institucionais, com vistas à identificação das práticas bem-sucedidas, para aperfeiçoá-las e melhorá-las, bem como das que revelem deficiências, a fim de corrigi-las, para cumprimento dos objetivos que aspiram alcançar”, afirmou o diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp, Fabio Reis, que coordenou o desenvolvimento do projeto-piloto desde o início do trabalho com os representantes das IES participantes.

Segundo ele, o foco do projeto-piloto de autoavaliação está principalmente nos processos, para permitir analisar as políticas e mecanismos pelos quais a instituição está organizada e a sua capacidade de aplicá-los de forma consistente e sistemática em diferentes níveis. “Mas a autoavaliação deverá se preocupar também com a eficácia, para identificar a relação entre os propósitos visados e os resultados alcançados, e lhes permitir avançar de forma constante na direção de seus objetivos. A partir da conjunção de ambos os aspectos será possível concluir se a instituição possui mecanismos eficazes para autorregular a sua atuação e garantir a qualidade dos serviços que presta a seus alunos e à sociedade”, acrescentou Reis durante o lançamento.

As instituições que participam da implantação do projeto são: União das Faculdades Francanas (Unifran); Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa); Centro Universitário da Fundação Hermínio Ometto (FHO); Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB); Faculdade Factum; Instituto Mauá de Tecnologia; Centro Universitário Projeção (Uniprojeção); Centro Universitário Eniac; e Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB).

Modelo de autoavaliação institucional

“A autoavaliação institucional constitui um elemento fundamental para a busca da excelência dos processos e projetos desenvolvidos por uma instituição de ensino superior”, aponta Lúcia Teixeira, presidente do Semesp. Segundo ela, “essa prática deve atender, principalmente, aos próprios objetivos da IES de buscar seu aprimoramento. Desse modo, o processo de autoavaliação não pode ser visto pelas instituições como o cumprimento de uma obrigação legal, mas como um instrumento de gestão e sustentabilidade do negócio”.

De acordo com Lúcia Teixeira, o ensino superior brasileiro se ressente da ausência de uma política mais efetiva e consequente de autoavaliação. “Os países em que a educação acadêmica apresenta os melhores resultados reconhecem a autoavaliação como a forma mais eficiente de se aferir o desempenho de uma instituição de ensino superior”, lembra ela. “Nesses países, a prática é valorizada porque, além de entender a pluralidade do sistema de educação superior e levar em conta as características, especificidades e potencialidades de cada instituição e sua relevância para a comunidade em que está inserida, a autoavaliação gera indicadores importantes para estimar a qualidade das IES e dos cursos, por realizar pesquisas com todos os atores envolvidos: alunos, docentes, o corpo técnico-administrativo e a comunidade do seu entorno”, destaca.

Segundo Rodrigo Capelato, diretor-executivo da entidade, a proposta do Semesp não estabelece nenhum tipo de indicador específico ou aspectos rígidos de autoavaliação para nenhuma das áreas de avaliação institucional indicadas. As ações que serão desencadeadas em cada área, bem como os indicadores, deverão ser definidos com absoluta flexibilidade e autonomia a critério de cada IES, com base nas considerações e sugestões formuladas no projeto-piloto.

“Cabe ressaltar que a demanda pela adoção de um novo modelo de processo avaliativo tem estado presente em várias sugestões de políticas públicas formuladas pelo Semesp, como o documento Diretrizes de Política Pública para o Ensino Superior Brasileiro, produzido em 2017, e que teve uma edição ampliada em 2018”, conta o diretor executivo. “Desta vez a autoavaliação torna-se foco especifico de uma proposta da entidade, com a qual o Semesp busca retomar as proposições e os princípios desenvolvidos originalmente pelo Sinaes para fortalecer o processo de autoavaliação institucional das IES, tendo por base parâmetros que considerem sua autonomia, governança e responsabilidade, a partir de sua identidade, seu planejamento, e sua inovação e criatividade, em substituição aos instrumentos de avaliação de modelo único adotados atualmente”, avalia Capelato.


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