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*Fábio Reis

A Arizona State University (ASU), EUA, possui mais de 80 mil estudantes. A revista U. S. News, focada na área de ensino superior, publicou em 2015, um ranking das IES mais inovadoras na área de currículo, uso da tecnologia para educação, perfil de professores e engajamento dos estudantes. A ASU ficou em primeiro lugar.

A educadora Stefanie Lindquist, vice-reitora da ASU, estará no 20º FNESP. Os participantes do FNESP terão a oportunidade de conhecer a experiência de uma IES que foi redesenhada e hoje é referência internacional, pois conseguiu alinhar os princípios da 4ª Revolução Industrial no ensino superior.

A ASU reorganizou o seu modelo para responder às dinâmicas da sociedade e da nova revolução, especialmente, no que se refere ao acesso, aos custos, à retenção, ao aprendizado, ao empreendedorismo, ao uso da tecnologia e à incidência acadêmica.

Michael Crow, presidente da ASU, e sua equipe são pessoas incomodadas com “a tradição e com a burocracia” e estão focados no processo de construção da nova universidade americana. Ele propõe oito ações para repensarmos o desenho da instituição:

  • a) contribuir com o desenvolvimento do lugar em que estão inseridos;
  • b) realizar transformações sociais conectadas com as demandas;
  • c) valorizar o empreendedorismo, para encorajar a inovação;
  • d) realizar pesquisa que tenha alto impacto e aplicabilidade prática;
  • e) focar no sucesso do estudante;
  • f) integrar as disciplinas em processos interdisciplinares;
  • g) ser socialmente comprometida;
  • h) ter engajamento global.

A ASU repensou também o estilo de liderança. Há sintonia entre os líderes, no estilo e no foco. Não há esquizofrenias institucionais, em que os diversos setores funcionam de forma desconexa. Há clareza no ecossistema institucional.

A ASU acompanha, via plataformas tecnológicas, o processo de aprendizagem dos estudantes. A universidade consegue escalar a personalização do ensino com baixo custo e alto desempenho, utilizando plataformas adaptativas de aprendizagem. Além disso, adota um modelo híbrido, mesclando atividades online com momentos presenciais, em que aplica metodologias ativas de aprendizagem, como o PBL.

Os currículos são flexíveis, portanto, o estudante constrói o seu percurso, de uma forma mais individualizada. A cultura da interdisciplinaridade está estabelecida. As pesquisas e os cursos de graduação estão organizados para favorecer as ações interdisciplinares. Os alunos são estimulados a desenvolver projetos em grupos de cursos diferentes. A avaliação é entendida como um processo.

Redesenhar a IES, no caso da ASU, exigiu vontade política, empreendedorismo, capacidade de compreender as melhores práticas da educação superior, mudança do perfil e investimento no corpo docente, foco no engajamento dos estudantes e um planejamento de longo prazo.

Os gestores da ASU tiveram a coragem de realizar mudanças estruturais e obtiveram resultados na captação de estudantes (de 30 para mais de 80 mil estudantes), na melhoria da sustentabilidade financeira e nos resultados acadêmicos.

Você leitor, que é gestor ou professor, qual a sua proposta de redesenho da instituição ou da dinâmica de sua aula?

Faço o convite para que você participe do 20º FNESP e venha conhecer a experiência da ASU e dialogar com a professora Stefanie Lindquist.


Fábio Reis
Diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp


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