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Richard K. Miller falou sobre alguns projetos de coalização para a educação que transforma vidas

Na primeira palestra da tarde desta quinta (29), o FNESP apresentou alguns cases de IES que têm trabalhado para proporcionar uma trajetória inesquecível como forma de conectar os alunos às instituições. Subiram ao palco do evento a vice-reitora de Ensino de Graduação e Pós-graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor), Maria Clara Bugarim; a vice-Reitora e Pró-Reitora de Ensino da Universidade do Vale do Taquari – Univates, Fernanda Storck Pinheiro; e o presidente da Olin College of Engineering,

De forma remota diretamente dos Estados Unidos, Richard K. Miller falou sobre alguns projetos de coalização para a educação que transforma vidas. Segundo Miller, antes de mais nada, é preciso redefinir o significado de sucesso, especialmente porque a educação superior tem enfrentado três grandes preocupações: a questão da saúde mental e do bem-estar do aluno, o retorno financeiro do investimento da educação e a perda de apoio do poder público, no caso dos Estados Unidos.

“A questão da saúde mental é uma crise crescente no ensino superior, afetando cada vez mais e mais alunos e demandando uma intervenção imediata das IES”, decretou Miller. “Sobre a questão financeira, a maioria dos norte-americanos afirma que o ensino superior está nos levando para a direção errada. Isso mostra que o atual sistema educacional precisa melhorar e se tornar mais sustentável”, prosseguiu. “A educação superior precisa entregar mais do que simplesmente informação. Precisamos questionar também o que é realmente bem-estar, refletindo sobre os indícios que apontam que a educação pode efetivamente afetar esse bem-estar”, defendeu. Ele terminou afirmando que uma boa educação muda o que o aluno sabe, mas uma ótima educação também muda quem os alunos são.

Maria Clara Bugarim durante o painel Uma trajetória inesquecível conecta o aluno à sua IES

Maria Clara Bugarim, da Unifor, falou um pouco da trajetória e estratégias em relação aos programas de captação e permanência da IES. “Não adianta trabalhar apenas na captação e deixar de lado a permanência”, afirmou. Segundo ela, as IES precisam estar preocupadas com o acolhimento dos alunos, e isso só é possível por meio de uma mudança de cultura encampada pelos próprios gestores das instituições. Ela disse que a Unifor renovou e atualizou todo o portfólio e matrizes curriculares da IES, apostando no currículo e avaliação por competências e intensificando o processo de hibridização do ensino e aprendizagem.

Fernanda Storck Pinheiro, da Univates, agradeceu a oportunidade de falar em um espaço privilegiado com gestores, docentes e as pessoas que estudam e pesquisam o ensino superior como o FNESP. “Nós da Univates somos uma universidade jovem, mas que já enfrentou várias crises, a crise do FIES, a crise econômica, política, a pandemia e a crise geracional”, listou. Em seguida, ela apresentou o projeto Aula+, um ecossistema de aprendizagem criado pela Univates que repensa a sala de aula. “Esse é um projeto autoral que envolveu gestores, docentes e alunos e que repensa a aula a partir dos conceitos de tempo, espaço e currículos, ampliando, principalmente, a ideia do espaço da sala de aula, rompendo com a ideia de aprendizagem dentro de quatro paredes”, explicou.

Segundo Fernanda, o Aula+ foi construído a partir de uma base sólida e teórica que leva em consideração aprendizagem, experimentação, transversalidade, criação e alteridade. “Mudamos, por exemplo, o formato de nossas aulas, que passaram a ser divididas em ateliês e seminários, com conteúdos oferecidos em blocos, sempre embasados na tríade ensino, extensão e pesquisa”, complementou.


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