
Ministro da Educação, Camilo Santana (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)
O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve no FNESP nesta sexta-feira (26) e cumprimentou todos os representantes de instituições e associações do ensino superior presentes, autoridades, e aos estudantes que participaram do Hack Lab, maratona empreendedora donde projetos de alunos são premiados.
“Quero de uma forma muita especial agradecer a contribuição que os senhores e as senhoras têm dado para educação brasileira e a um tema tão atual que é a educação como aliada do planeta. Enfrentamos desafios enormes climáticos no mundo inteiro. Ainda esse ano no Rio Grande do Sul. A pesquisa e o ensino, nossos cientistas e pesquisadores, podem contribuir nesse relacionamento sustentável com o meio ambiente no país e no mundo”, disse o ministro.
Em seguida, o ministro lembrou da importância da COP30. “Teremos a COP30 e o presidente Lula fez questão de trazer para o Brasil e para a Amazônia. É importante trazer o mundo todo para ver a realidade não só da floresta amazônica brasileira, mas o povo que vive na floresta, e como essas pessoas precisam sobreviver na floresta de forma sustentável. Países do mundo todo destruíram suas florestas em nome do desenvolvimento e hoje cobram dos países em desenvolvimento metas ambientais. Então que eles assumam o compromisso de financiar, porque prometeram e não cumpriram. A COP30 será a COP da verdade, para saber se os países ricos tem essa consciência”.
Camilo Santana lembrou a ideia da ministra Marina Silva, que também esteve no FNESP, de criar um fundo mundial para investir na floresta e nos povos das florestas, para dar oportunidade de vida, discutir a transição energética, a energia renovável onde o Brasil é imbatível no planeta. “A nossa matriz é sustentável e o Governo assumiu o compromisso de reduzir gases atmosféricos entre 58% a 65% e desmatamento zero até 2030”.
O ministro da Educação lembrou também que é a primeira vez, em 45 anos, que o ensino a distância superou o presencial. “Estamos dando oportunidade a pessoas que vivem em regiões distantes no país, atendendo 65% dos municípios brasileiros e esse alcance nos faz ter mais desafios, já que a taxa de evasão em 2024 ficou em 24%. Portanto precisamos criar mecanismos de reduzir a evasão do EAD e garantir a qualidade do ensino”.
Camilo Santana alertou ainda da preocupação com a formação dos professores. “Estamos preocupados com a formação de qualidade dos professores. Em dois anos e meio à frente do MEC tenho tido um olhar muito forte pela educação básica, que é o maior desafio, pois 62 milhões de brasileiros não concluíram a educação básica em 2024, quase 1,3 da população brasileira”. Para o ministro é preciso “manter a a qualidade da aprendizagem e o aluno na escola. Meio milhão de jovens deixa a escola todo ano no ensino médio e o grande motivo é a questão financeira”.
O ministro focou seu discurso nas Licenciaturas. “Temos de incentivar os jovens a seguir a carreira de professores que está desvalorizada. Resolvemos medir a qualidade da formação dos professores nesse país. Nós temos de ter bons professores na rede básica e em outubro vamos fazer a primeira prova nacional de professores no Brasil, 1,1 milhão de docentes se inscreveram para serem contratados em municípios e em estados brasileiros. Criamos o Pé de Meia das Licenciaturas que dá uma bolsa de estudos do primeiro ao último ano para formar mais professores nesse país. Temos de criar uma cultura para os professores porque o professor vai além do que transmitir conhecimentos, ele é pai, mãe, psicólogo, enfermeiro no cuidado com o aluno”.
Por fim, o ministro da Educação agradeceu a contribuição do ensino superior privado no Marco Regulatório da EAD, falou da importância do ENEM e da criação de uma carteira de identidade do professor. “Criamos o Programa Mais Professores para estimular os alunos a fazer o Exame Nacional de Avaliação. O ENEM possibilitou os jovens a fazer o exame de qualquer lugar e democratizou esse acesso. Eu não acredito na criação de políticas públicas sem diálogo e o Semesp fez uma contribuição importantíssima no Marco Regulatório da EAD. Agora trabalhamos para criar a Carteira de Identidade Nacional do Professor. No dia 15 de outubro vamos lançar a carteira, tanto para os professores da pública quanto privada, que vai dar benefícios no setor hoteleiro, em empresas de alimentação e acesso a filmes, cursos, capacitação”, finalizou se colocando à disposição dos educadores presentes no FNESP para colaborar com a avaliação e melhorar e aperfeiçoar garantindo a qualidade do ensino superior no país.






























