Casos de sucesso sobre curricularização da extensão encerra primeiro dia do 27º FNESP (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)

A curricularização da extensão é outra forma das IES atuarem de forma sustentável, causando impactos reais em suas comunidades e na sociedade como um todo. Como elas podem pensar a extensão para além das normas estabelecidas pela legislação educacional, abraçando a causa com real compromisso? Com essa pergunta, o painel “UMA AGENDA DO AGORA! Como as IES estão transformando seus processos na curricularização da extensão para impactar a sociedade” trouxe diferentes casos e visões de IES e de um ranking internacional. Participaram das discussões Patrícia Klahr, reitora do Centro Universitário Facens; Cíntia Agostini, vice-reitora – Univates; e Leigh Kamolins, diretor de Analytics & Avaliação do Ranking QS Quacquarelli Symonds, com mediação de Priscilla Maria Bonini Ribeiro, diretora-geral da Unaerp.

Patrícia Klahr iniciou sua fala contando um pouco sobre a extensão curricularizada da Facens, que fica localizada em Sorocaba, interior de São Paulo, IES mais sustentável do país que deverá alcançar em 2025 um novo marco: lixo zero no campus. Segundo ela, a sustentabilidade é um dos pilares da IES, que escalou nos últimos anos a extensão para todos os cursos. “Hoje, medimos os impactos dessa curricularização dentro e fora do campus”, apontou ela destacando que vários dos projetos de extensão são feitos por meio do uso da tecnologia. Ela citou ainda o projeto Florestas Inteligentes,  que ganhou o prêmio Global Education Awards.

Cíntia Agostini, da Univates, no Rio Grande do Sul, destacou que conexões vão além das salas de aula e que a comunidade cresce junto com a instituição de ensino. “Nossa história é de compromisso”, disse ela, lembrando que a comunidade sofreu com um dos maiores desastres ambientais do Brasil por conta das chuvas que assolaram o estado em 2024. “Apesar das dificuldades, temos muito orgulho de sermos a IES mais sustentável do sul do país pelo quarto ano seguido. Temos uma relação dialógica com as comunidades, pressuposto da extensão universitária”, disse lembrando que a Univates atuou em diversas frentes de reconstrução das comunidades atingidas pelas enchentes. “Fomos da emergência à transformação”.

“Acreditamos que não é possível melhorar o que não se mede”, decretou Leigh Kamolins do Ranking QS Quacquarelli Symonds (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)

Leigh Kamolins falou um pouco sobre o ranking Ranking QS Quacquarelli Symonds. “Me sinto inspirado ao ouvir essas histórias e ao pensar nos efeitos dessas ações nas comunidades locais”, afirmou ele. “Mas temos que conectar esses impactos locais ao âmbito global. E o que fazemos é entender como as IES estabelecem essa relação entre o local e o global”, explicou detalhando que o Ranking QS Quacquarelli Symonds tem como objetivo capacitar pessoas motivadas ao redor do mundo para que elas realizem seus potenciais ao promover mobilidade internacional, conquistas educacionais e desenvolvimento profissional.

Segundo Kamolin, o Ranking QS Quacquarelli Symonds faz isso por meio de métricas para entender o desempenho institucional. “Nossas métricas falam de perto com alunos ao redor do mundo e somos a marca mais confiável no ensino superior”, destacou ele citando o ranking sustentável. “Nossa ranking funciona para que os estudantes descubram quais universidades do mundo estão liderando o caminho para a sustentabilidade social e ambiental. Acreditamos que não é possível melhorar o que não se mede”, decretou listando três pontos-base do ranking, os impactos ambiental, social e de governança.