
Jorge Eduardo Arias Garrido, vice-reitor Acadêmico da Universidad Bernardo O’Higgins, durante o Fnesp (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)
Ainda no primeiro dia do FNESP, nesta quinta-feira (25), o bate-papo “Semeando saberes, colhendo o futuro: como incluir a sustentabilidade no currículo e na pesquisa pode transformar o nosso planeta” apresentou estratégias para incluir transversalmente sustentabilidade nos currículos e na pesquisa acadêmica das instituições de ensino superior. A mediação do bate-papo foi feita por Priscila Borin Claro, diretora de graduação e líder do Núcleo de Sustentabilidade do Insper.
Jorge Eduardo Arias Garrido, vice-reitor acadêmico da Universidad Bernardo O’Higgins, no Chile, mostrou em etapas como a universidade implantou uma proposta para incorporar o desenvolvimento sustentável nos programas de ensino.
“Em primeiro lugar o desenvolvimento sustentável em nossa universidade tem a participação de todos os departamentos de uma forma holística e integrada, que nasce como direito humano, respeito por cada um de nós e como o meio ambiente nos acolhe. Essa proposta surgiu há 10 anos com ações concretas como, por exemplo, a criação da Semana da Sustentabilidade. Em uma segunda etapa foi necessário incorporar outros elementos para avançar e integrar o desenvolvimento sustentável no modelo institucional, onde a transversalidade surge na missão e visão da instituição e em sua governança. Foi quando criamos o programa de graduação e de mestrado, e começamos a ter maior visibilidade nos rankings e em alguns indicadores de sustentabilidade. Na terceira etapa, criamos uma cultura de desenvolvimento sustentável com a comunidade e um plano estratégico incorporado ao modelo institucional, reconhecido pelo Governo e que trouxe fontes de recursos, cerca de 400 mil dólares por projeto de desenvolvimento sustentável para questões de gênero e inclusão. Provamos o modelo na Alemanha e os resultados nos mostram que estamos no caminho certo”, contou.

Ulysses Tavares Teixeira, diretor de Avaliação da Educação Superior do INEP, no FNESP (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)
Ulysses Tavares Teixeira, diretor de avaliação da educação superior do INEP, falou sobre as discussões em fóruns internacionais do tema sustentabilidade e dos processos de avaliação do instituto para medir como as instituições atuam nesse tema. “No Censo da Educação Superior houve um crescimento e uma diversificação no sistema da educação superior nas IES (2.600), nos cursos de graduação (46 mil), nas matrículas (10 milhões) e no número de professores (316 mil), e todas essas IES têm missões, ações e objetivos diferentes e é fundamental que a avaliação consiga dar a diversidade desse sistema, ou seja, mostrar onde as IES estão gastando seus esforços em termos de sustentabilidade”, disse. Por fim, Teixeira propôs sistemas de avaliação diferentes para mostrar em ciclos avaliativos como as IES avançam na aplicação dos ODSs.

Cleunice Matos Rehem, do Conselho Nacional de Educação, no FNES (Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama)
Cleunice Matos Rehem, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), finalizou o bate-papo comentando sobre o desafio de como a questão da sustentabilidade está inserida na educação básica. “Os professores que estão realizando a educação básica são formados pelos professores da educação superior. Nesse sentido é muito importante como a educação básica é um pilar essencial para a sustentabilidade ambiental. Na educação básica está a formação inicial de toda a nossa geração, onde estão sendo criadas as bases para o cidadão saber dos seus direitos e deveres, é onde se faz a colheita para o presente e o futuro, se faz aprender conservação, recuperação ou melhoria do meio ambiente para o resto da vida, se semeia e faz florescer a conscientização e compromisso com a sustentabilidade, se for bem-feita”, concluiu.






























