
Jantar de abertura da 15ª Missão Técnica Internacional
Com destino à África do Sul, a 15ª Missão Técnica Internacional começou oficialmente neste domingo (4) com um jantar aos membros da comitiva, em Johanesburgo. Participam da comitiva do Semesp o primeiro vice-presidente do Semesp, Thiago Pêgas, o diretor executivo da entidade, Rodrigo Capelato, e o diretor de Inovação e Redes, Fábio Reis.
No evento, os presentes puderam acompanhar uma palestra com Whitfield Green, CEO do Council on Higher Education, órgão estatutário independente criado em maio de 1998 que funciona como Conselho de Qualidade para o Ensino Superior, nos termos da Lei do Quadro Nacional de Qualificações.
Whitfield Green destacou o potencial de aprendizado mútuo entre os dois países, ressaltando a importância do engajamento com a delegação visitante. Em seguida, ele apresentou um contexto histórico do sistema educacional da África do Sul, mencionando o impacto do Apartheid e as mudanças democráticas subsequentes.
“Nossa história começa com um passado sombrio: o apartheid. A primeira eleição democrática foi em 1994. Em seguida, foi promulgada a primeira legislação educacional democrática, o SACWA Act (1995), que criou o Quadro Nacional de Qualificações da África do Sul (NQF). Este marco estabeleceu os princípios de acesso, mobilidade e progressão, como forma de reparação histórica”, disse ele.
Green explicou ainda sobre a estrutura da educação superior no país, com o Ministério da Educação Superior e Formação sendo responsável tanto por universidades públicas quanto por instituições privadas de ensino superior. O sistema também inclui faculdades vocacionais e ocupacionais.
“Há críticas de que o ensino superior está distante das necessidades sociais”, apontou Green. “Enfrentamos problemas de qualidade, falta de transformação racial, de gênero, de classe e do currículo. Crescem os pedidos por descolonização curricular — que valorize conhecimentos africanos junto aos saberes globais”, encerrou.
Principais dados do Sistema Educacional da África do Sul
– 26 universidades públicas: financiadas e reguladas pelo Estado;
– 137 IES privadas: reguladas, mas não financiadas;
– Apenas 6,8% dos sul-africanos com 25 anos ou mais têm diploma de bacharelado (Brasil: 18,4% em 2022);
– Apenas 0,2% têm doutorado (Brasil: 0,3%);
– Números atuais (2021):
Universidades públicas: 1.07 milhão de alunos;
Educação superior privada: 233 mil alunos.




























