
Apresentação da 15ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil durante reunião da CONAES
Em participação na 208ª reunião da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, e o diretor executivo e coordenador do Instituto Semesp, Rodrigo Capelato, apresentaram a 15ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, nesta quinta (27).
Na abertura da apresentação, a professora Lúcia destacou a relevância estratégica da publicação, ao evidenciar dados que traçam um retrato abrangente e atualizado do setor. Entre os principais pontos, ressaltou o protagonismo do setor privado, que concentra 87,8% das instituições e 79,3% das matrículas — destas, 59,6% são em cursos a distância (EAD).
A desigualdade no acesso ao ensino superior também foi pauta central. Embora a taxa de escolarização bruta tenha subido de 35,2% para 45,1% entre 2018 e 2023, o avanço da taxa líquida foi tímido, de apenas 18% para 19,9% no mesmo período. O dado revela os desafios persistentes do sistema, como a evasão precoce e as dificuldades enfrentadas por jovens de regiões vulneráveis para concluir o ensino médio e ingressar no ensino superior.
Rodrigo Capelato, por sua vez, apresentou a evolução do setor com base em indicadores como número de matrículas, ingresso de novos estudantes, cursos mais procurados, taxas de conclusão e desistência. A publicação também se destaca por apresentar um detalhado panorama regional, evidenciando assimetrias no avanço da educação superior entre estados e regiões do país.
Um dos destaques da apresentação foi o capítulo especial sobre os cursos ligados ao agrossistema. Embora representem apenas 4,5% das matrículas, esses cursos demonstram desempenho superior ao da média nacional: cresceram 26% nos últimos 10 anos na modalidade presencial, enquanto os demais cursos sofreram retração de 19,9%. Atualmente, 803 instituições oferecem cursos voltados ao agro, sendo 625 da rede privada. Além disso, profissionais com formação superior nesse setor recebem, em média, 9,4% a mais do que colegas de outras áreas. No entanto, o segmento ainda enfrenta desafios como a baixa visibilidade das carreiras, a percepção de que não exigem graduação e o desconhecimento, sobretudo entre os jovens, sobre as novas oportunidades nas áreas de agrocomputação, sustentabilidade e tecnologia.
A reunião contou com a presença de especialistas da área, incluindo Simone Horta, presidente da CONAES; Renato Hyuda de Luna Pedrosa, professor da Unicamp; Abílio Afonso Baeta Neves, ex-presidente da Capes; Ulysses Tavares Teixeira, diretor de Avaliação da Educação Superior do Inep; e Rafael Arruda Furtado, diretor de Política Regulatória da Seres/MEC, entre outros.
Ao longo da sessão, os membros da CONAES fizeram comentários e perguntas sobre os dados apresentados, reconhecendo a relevância do trabalho do Instituto Semesp, que foi amplamente elogiado pelos participantes.




























