O Semesp é uma associação que pulsa e se reinventa. Os nossos projetos transcendem a atuação como sindicado, que de fato somos em nossa origem e atuação no estado de São Paulo. Hoje, estamos em 24 estados brasileiros e no distrito federal e temos mais de 600 IES associadas. Nossos projetos geram sinergias e aprendizados, são assertivos e propositivos.

Atuamos com propostas de políticas públicas e estamos em constante diálogo com agentes públicos (senado, câmara, CNE, MEC, etc.). Temos também assessoria jurídica, acadêmica, financeira, entre outras, que são comuns em associações com o nosso perfil.

Recentemente, o Semesp deu novos passos em benefício dos associados e ampliou o portfólio de projetos. Foi criado no dia 29 de maio o Conselho Consultivo do Semesp. O nosso objetivo foi criar uma iniciativa de reflexão e construção de novos projetos, de caráter nacional e de colaboração com a Diretoria do Semesp.

Como a nossa atuação é nacional, sentimos a necessidade de ter um canal de diálogo com pessoas que tenham representatividade nacional no ensino superior e com pessoas que atuam em organizações públicas e privadas. Com a colaboração do Conselho, esperamos qualificar e ampliar a relevância e o impacto dos nossos projetos. Como somos uma associação nacional, queremos dar voz aos nossos associados.

O Semesp é um hub de redes de cooperação. Já escrevi sobre esse assunto. Hoje temos 21 Redes e 109 IES engajadas em nosso ecossistema de redes. São redes institucionais e temáticas, com graus de maturidade diferente, mas todas com bons projetos. Iniciamos o projeto em 2016, com a Rede Pioneira. Atualmente, um dos nossos desafios é fortalecer a governança e gestão das redes, em um modelo semelhante à Rede 7 (G7).

O tema da sustentabilidade, ODS e ESG está na pauta das organizações públicas e privadas. Há duas redes que abordam esses temas. A Rede 12, com seis grupos educacionais, está focada nas melhores práticas de ESG, com a troca de boas experiências e a oferta de capacitação. A Rede 18 tem 14 IES comprometidas com sustentabilidade, inclusão, formação, igualdade, educação ambiental, empreendedorismo social, impacto das ODS, entre outros temas relevantes para a sociedade.

Já tínhamos criado uma rede da área de saúde, que envolve IES que possuem cursos nessa área, em especial, cursos de Medicina. Criamos, nesse mês de maio, uma rede focada no tema da saúde mental. O tema está na agenda das IES. Muitas IES não possuem iniciativas para enfrentar o problema de saúde metal dos estudantes. O objetivo é trocar boas práticas, é propor ações para as IES, fazer pesquisas e publicações. Vamos criar sinergias e aprendizados para que os nossos estudantes possam ser amparados.

Acredito que o tema da IA é emergente e os dirigentes das IES precisam se debruçar sobre como a IES irá incorporá-lo nas dimensões acadêmicas e administrativas da instituição. É inevitável, a IA já está em nosso cotidiano em diferentes âmbitos e nossos estudantes estarão cada vez mais familiarizados com a tecnologia. O Semesp reconhece que abordar o tema é prioridade, o Consórcio Sthem Brasil e a MetaRed TIC Brasil também. Para não termos iniciativas fragmentadas, as três organizações irão integrar seus grupos de trabalho e irão constituir um único grupo com o objetivo de propor iniciativas de formação de professores, de uso qualificado da IA na IES, de propor políticas públicas e fomentar reflexões sobre ética e tecnologia. Teremos um GT amplo, com visões diferentes e qualificadas.

Outra iniciativa que é uma demanda dos associados é a criação da Missão Técnica Nacional. O Semesp é pioneiro na organização de Missões Internacionais. Já realizamos 13. A última foi para Holanda e Bélgica. Todavia, sabemos que, no Brasil, temos experiências exitosas que inspiram e demonstram a qualificação dos nossos projetos acadêmicos e administrativos. Sim, aprendemos com os outros nas missões internacionais, todavia, nosso sistema demonstra que temos boas referências de ensino superior no Brasil. A primeira missão será no dia 16 de junho na Universidade de Marília, em Marília. Depois, no dia 13 de setembro, na PUC de Campinas e por fim, nos dias 30 de novembro e 01 de dezembro estaremos na Universidade Veiga Almeida (UVA) e no Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), no Rio de Janeiro.

Há outras iniciativas que merecem destaque e demonstram o valor dos projetos do Semesp e o impacto que procuramos gerar em nossos associados. Lideramos no Brasil o projeto Enlazar, que foca na criação de laços de internacionalização com América Latina e Caribe. Temos 60 IES cadastradas na plataforma e aptas a iniciar processos de internacionalização. Não há custo adicional para participar do Enlazar, basta ser associado do Semesp.

O projeto de autoavaliação talvez seja um dos mais ousados e inovadores do Brasil. Temos 38 IES em uma rede de cooperação. Elas criaram um modelo de autoavaliação inédito, com base no SINAES e em indicadores que fortalecem o elo entre a IES e a sociedade. Esses dois projetos são exemplos de iniciativas do Semesp que geram benefícios aos associados.

Cada um dos temas abordados acima poderia ser apresentado em um artigo específico. Todas as redes são igualmente importantes e o que foi apresentado aqui é uma fotografia de alguns projetos em andamento. O objetivo foi demonstrar ao leitor os projetos do Semesp que ganharam dimensões nacionais, que são amplos e sempre buscam incluir os associados e gerar valor.

Termino o texto com uma nova referência ao Conselho Consultivo: o Semesp, ao dar voz a um conselho qualificado, demonstra sua vocação de diálogo nacional e o desejo de fortalecer e ampliar o impacto de seus projetos. A sinergia entre a Diretoria do Semesp e conselho nos fará mais fortes.

*Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp