BOAS PRÁTICAS | Edição 205

Projeto envolve a comunidade acadêmica e oferece oficinas gratuitas a idosos, promovendo rica troca de experiências

por Juliana Duarte

Divulgação

Idosos participam das oficinas do Projeto Aquarela, da Metodista

O nome não poderia ser mais sugestivo: Projeto Aquarela. O objetivo da Universidade Metodista, localizada em São Bernardo do Campo (SP), é colorir o presente e o futuro da terceira idade. Criada em 2012, a iniciativa promove aulas de informática, exercícios físicos, oficinas de arte, dança, música, teatro e outras atividades para esse público. Todos os encontros são oferecidos gratuitamente a quem tem mais de 60 anos.

“A mais procurada em 2015 foi a oficina de informática, mas todas ficam bem cheias. A média é de 30 inscrições por curso”, comenta Cláudia Cezar, coordenadora do núcleo de arte e cultura, departamento responsável pelas atividades realizadas. Outro destaque da programação é a “Tarde na Universidade”, evento que acontece todos os meses. Na ocasião, alunos e idosos assistem a palestras de temáticas variadas, como saúde e comunicação. O Cine Aquarela também é mensal e consiste na exibição de filmes, seguidos de um bate-papo.

Essas e outras atividades contam com a participação dos estudantes. “Além dos estagiários que já ajudam na organização dos processos, convidamos os alunos dos cursos para falarem sobre temáticas que eles já aprenderam”, ressalta a coordenadora. O intuito é fazer o conhecimento circular além da sala de aula. Outro benefício desse convívio, segundo Cláudia, é a valorização da diversidade humana. “Conviver com outro grupo diferente do seu faz parte do processo de formação, uma vez que a troca de experiências proporciona aprendizado”, diz.

A coordenadora conta que não houve muitas dificuldades ao lançar o projeto, principalmente porque a universidade é bastante conhecida na região. “O fato de ter um nome de peso por trás facilita muito. A aceitação aconteceu logo de cara”, afirma. Para ampliar o alcance da iniciativa, o departamento apostou no boca a boca. Diversas pessoas foram convidadas para as primeiras oficinas – e depois repassaram a experiência para colegas, amigos e familiares. “Dessa forma, vimos a ideia se expandir. Eles recomendavam e, assim, notamos que estávamos no caminho certo”, comenta.  Desde a sua criação, o Aquarela já recebeu 450 idosos e, segundo Cláudia, o objetivo é dar continuidade à programação nos próximos anos. “Queremos manter o ritmo e convidar cada vez mais os alunos a participarem do projeto”, diz a coordenadora. O intuito é aproveitar com maior intensidade os conhecimentos de cada curso para usá-los em prol dos idosos e da convivência.