Levantamento mostra que a inadimplência de alunos do ensino superior segue em queda no Brasil e em São Paulo. A taxa, porém, ainda é mais elevada do que a das pessoas físicas em geral

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A inadimplência no ensino superior particular recuou de 8,4% em 2012 para 7,9% em 2013 nas mensalidades não pagas há mais de 90 dias. O índice segue a tendência da inadimplência total das pessoas físicas no Brasil, que também apresentou queda, passando de 8% em 2012 para 6,7% no ano passado. Mesmo assim a inadimplência nas instituições de educação superior ainda é superior à dos demais setores da economia, medida pelo Banco Central. Os números constam na oitava edição da Pesquisa de Inadimplência realizada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimento de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) com instituições de ensino superior privadas.

A trajetória de queda no índice dos devedores é reflexo do contínuo aperfeiçoamento da gestão de cobrança das instituições, e também em virtude do crescimento do financiamento estudantil, sobretudo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que passou a ser uma importante ferramenta para redução da inadimplência. Além de se tornar um programa de inclusão dos jovens no ensino superior, o Fies tem se mostrado um importante meio para os alunos que, por qualquer motivo, passam por dificuldades financeiras. Com o financiamento disponível durante todo o ano, os alunos que porventura atravessarem algum período de problemas financeiros podem acessar o financiamento estudantil a qualquer momento, evitando assim que contribuam para o crescimento da massa de pessoas físicas inadimplentes no Brasil.

A pesquisa do Semesp traz dados sobre o ano de 2013 em comparação com 2012 sob diversos aspectos, como por localidade (Brasil, Estado de São Paulo, região metropolitana e interior), por porte (pequeno, médio e grande) e por diferentes períodos de atraso (até 30 dias, até 90 dias e acima de 90 dias), oferecendo um retrato bem detalhado dos índices de inadimplência.

As instituições de pequeno porte, com até dois mil alunos, continuam sendo as que mais sofrem com a inadimplência acima de 90 dias. E as de grande porte, com mais de sete mil alunos, são as que registram maior taxa de inadimplência até 30 dias.

A região metropolitana de São Paulo, que concentra mais de 50% das matrículas do estado, registrou índice de atraso acima de 90 dias de apenas 4,1%, bem abaixo do índice do interior do estado, que chegou a 9,6%. A região metropolitana apresentou, também, queda de 3,7% em relação a 2012 para a inadimplência de curto prazo com mensalidades vencidas até 30 dias, e, no interior, houve redução de apenas 1,9%. Veja abaixo os números completos da inadimplência no setor de ensino superior e o comparativo com os demais setores.

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