O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresentou hoje (8), em Brasília, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2017 e o Panorama de Empregabilidade dos Concluintes do Ensino Superior.

O Mapa do Ensino Superior, elaborado anualmente pela Assessoria Econômica do Semesp, apresenta um estudo completo da educação superior do país ao longo dos últimos 15 anos, abrangendo todos os estados brasileiros e detalhado por mesorregião. Desenvolvido desde 2011, o estudo especifica os cursos mais procurados pelos estudantes por faixa etária, a média do valor das mensalidades, o total de concluintes nos últimos sete anos, além de dados sobre a empregabilidade e a remuneração média do trabalhador brasileiro com e sem curso superior.

“O que chama a atenção nessa edição é que o número total de concluintes em cursos presenciais no Brasil registrou aumento de 9,3% de 2014 a 2015 (eram 841 mil e passaram a 919 mil em 2015) e o número total de concluintes nos cursos a distância cresceu 23% de 2014 a 2015 (eram 190 mil e passaram a 234 mil)”, disse o diretor executivo do Semesp. Segundo Capelato vale registrar que houve um aumento na proporção de alunos concluintes do ensino superior privado nas faixas de renda inferiores a 3 salários mínimos e de jovens pertencentes a classe C.

Outro dado interessante registrado na publicação é que a empregabilidade está aumentando entre as pessoas que possuem ensino superior completo. “De 2014 a 2015, os postos de trabalho para quem tem curso superior aumentaram 1,5%, chegando a 9,7 milhões de empregos em 2015 e a remuneração média total de quem tem ensino superior completo ficou em torno de 5,7 mil reais”, comentou Capelato.

Já o Panorama de Empregabilidade dos Concluintes do Ensino Superior mostra que de dois a cada três alunos que concluíram a graduação estão trabalhando atualmente, sendo que a maioria em sua área de formação. “Só 44,4% desses concluintes, que saíram das IES públicas, não estão trabalhando no momento e continuam estudando em cursos de pós-graduação (56,2%), principalmente na modalidade Stricto Sensu (53,1% em mestrado ou doutorado). Já entre os que não trabalham no momento e que saíram de IES privadas (29,5%), a maioria (60,5%) não está fazendo outro curso atualmente”, explicou Capelato. “Esses dados são extremamente importantes porque mostram que o trabalho dos mantenedores de ensino superior particular tem de ser voltado para a qualidade do ensino e para a empregabilidade desses alunos que entram na graduação com o objetivo de conseguir um trabalho na área e ter um salário melhor depois de formado.”

O estudo mostra ainda que os cargos de liderança como diretor, gerente, coordenador ou supervisor são ocupados, em sua maioria, por egressos provenientes de instituições privadas (cerca de 17,9%). Já os cargos analíticos como consultor, especialista, júnior, sênior ou pleno, são ocupados por egressos de instituições públicas (47,9%). Nos níveis de faixas salariais mais baixas, como auxiliar, assistente, operacional ou técnico, os cargos são ocupados, em maioria, por provenientes de IES privadas. Importante destacar que há maior concentração de homens em cargos de liderança e técnicos e as mulheres estão mais presentes, proporcionalmente, em cargos de assistente, agente, assessor, auxiliar ou operacional.

Também foi registrado um crescimento considerável no percentual de concluintes nas faixas de renda inferiores a 3 salários mínimos (aumento de 4,7 pontos percentuais na faixa de até 1,5 salário mínimo e 3,4 pontos percentuais na faixa entre 1,5 e 3 salários mínimos), “o que mostra que as ações de políticas públicas como o Programa de Financiamento Estudantil (FIES) tiveram efeito esperado e auxiliaram, de fato, o acesso da população de baixa renda ao diploma de ensino superior”, concluiu Capelato.

Confira abaixo as pesquisas na íntegra.

Mapa do Ensino Superior no Brasil 2017

Panorama de Empregabilidade dos Concluintes do Ensino Superior