Quais benefícios uma instituição de ensino superior colhe ao investir em um modelo de inversão de sala de aula? Para discutir esse ponto, falamos com uma empresa de soluções educacionais que aplica esses conceitos na produção de seus conteúdos e, também, com um especialista que pesquisa o assunto pela Universidade de Harvard (EUA).

Aqui estão perguntas e respostas sobre a sala de aula invertida.

Quais as vantagens da inversão de sala de aula na gestão de uma instituição?

Ao aplicar essa metodologia ativa, é possível aprimorar não apenas em aprendizagem, mas também em planejamento. “Não adianta ter conteúdo e plataforma tecnológica excelentes se não existir um ecossistema que possibilite avaliar de forma completa todo o cenário”, explica o gerente de Negócios da SAGAH, Rodrigo Severo. Com a proposta, afirma, é possível entender o perfil do docente, do estudante e ainda estabelecer análises como, por exemplo, risco de evasão do curso.

Há alguma comprovação de bons resultados na prática?

Em seu mais recente estudo sobre o tema pela Harvard University (Laspau), o pesquisador Gustavo Hoffmann propôs um comparativo entre um modelo de ensino híbrido (50% de presença) usando a solução da SAGAH, com um presencial tradicional, realizado em oito instituições espalhadas pelo Brasil. “Alunos do modelo híbrido com a sala de aula invertida tiveram aprendizado 9,2% maior que os do totalmente presencial”, comenta.

O estudo questionou, ainda, o nível de satisfação dos alunos, em uma escala de 1 a 5. O resultado foi de 3,9% para o método de inversão, aponta Hoffmann.

Essa metodologia ativa é a ideal para o ensino superior?

O estudo utilizou a proposta que integra elementos da EAD e presencial: os alunos têm acesso on-line ao conteúdo da aula no ambiente da SAGAH e, posteriormente, no encontro presencial é aplicada a sala de aula invertida, onde o estudante tem um papel muito mais participativo do que no modelo tradicional. “A pesquisa destaca essa opção, que apresenta menor custo, onde os alunos se mostram mais satisfeitos e aprendem mais”, conclui.