Um guia para quem planeja sair do meio off-line e entrar com sucesso no mundo digital

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O vídeo já se tornou ponto-chave nas salas de aula. Mas a corrida digital tem feito com que muitas instituições de ensino superior se percam no meio do caminho e acabem usando essa ferramenta de forma errada e, muitas vezes, ineficaz. Para o próximo período, a preocupação que deve permear a cabeça dos responsáveis pela área de Tecnologia da Informação (TI) dos setores de ensino é uma só: a criação de um rico banco de conteúdo de imagens e a inserção de uma mídia central no campus.

Com o vídeo sendo usado desde ferramenta para o ensino dos alunos a treinamento de funcionários e até para a divulgação e apresentação da instituição para futuros interessados, o que acontece é uma falta de padronização, conteúdos que não dialogam e, é claro, custos muito além dos necessários.

Para especialistas em TI, esse é o cenário perfei­to para uma potencial crise institucional. A necessi­dade de uma mudança no ensino, com aulas mais personalizadas, uma maior experiência de troca entre os alunos e uma necessidade cada vez menor de tanto tempo em sala de aula, potencializa o uso de recursos audiovisuais. Para tornar essa mistura mais catastrófica, ainda há o adicional de os alunos terem seus próprios equipamentos. O cenário é de tablets, notebooks e smartphones dividindo a cena com um professor sem controle do que é visto pelos estudantes durante as aulas, e uma ampliação da falta de foco no que está sendo ensinado.

No entanto, a adoção de algumas simples ações pode minimizar ou até mesmo impedir um caos tecnológico. São oito dicas que podem mudar o contato com a geração “YouTube”. Para eles, o vídeo não é a cereja do bolo, mas sim o bolo inteiro. Faz parte do modo como se comunicam e como organizam suas ideias.

– Reveja os custos: muitas vezes pode-se economizar por meio de uma plataforma centralizada de gerenciamento de mídia. Um material de vídeo mal gerido pode tomar espaço de rede e armazenamento. Olhe para o quanto o seu campus está gastando com isso, bem como os custos de gerenciamento de TI para o processamento e conteúdo de vídeo. Esta despesa provavelmente custa mais do que uma solução nova e centralizada – e gera uma experiência inferior para o usuário.

– Integrar infraestrutura existente: uma solução de mídia centralizada pode reconhecer e integrar sistemas, políticas, procedimentos e recursos e se adaptar aos fluxos de trabalho já existentes.

– Plano para a medição e análise: é necessário que se tenha ferramentas de medição de audiência. Com isso, é possível identificar o quanto seu conteúdo é capaz de alcançar e engajar os usuários. O importante é que haja uma correlação entre o uso de mídia e resultados do aprendizado. Integração com sistemas de terceiros, como o Google Analytics, também pode ajudar.

– Qualquer dispositivo, qualquer lugar e qualquer hora: há a necessidade de oferecer uma experiência de vídeo de alta qualidade por meio de variados dispositivos. O usuário de hoje está conectado em qualquer lugar e o vídeo tem de acompanhar isso. Assim, é preciso que se procure um provedor de plataforma que possibilite isso e que hospede os aplicativos no local ou na nuvem, e cuja transcodificação consiga entregar os vídeos em formatos eficientes e fornecer a melhor experiência para o usuá‑ rio em todos os dispositivos/plataformas.

– Lançar um site de vídeos para o campus: incentivar o uso, reúso e customização de recursos de imagem por meio da implementação de um site de vídeos do campus, que o represente, unifique o material postado e que também possibilite uma navegação fácil ao usuário, permitindo o upload de material, moderação, publicação, busca, navegação e partilha de vídeos por meio de de dispositivos de redes sociais.

– Catalogação do material: é preciso que se invista em catalogação e na criação de uma biblioteca digital. Assim, tanto a área acadêmica, quanto o setor administrativo devem trabalhar juntos em prol dessa preservação.

– Invista em segurança: verifique se o seu sistema de segurança possui controle de acesso e se ele abrange vários níveis de acesso, gerenciamento e diferentes métodos de autenticação de usuário.

– Ferramenta de pesquisa: a regra básica na internet é “se os usuários não podem encontrar um conteúdo, ele não existe”. O conteúdo do vídeo deve ser totalmente navegável, pesquisável e visível a partir das aplicações do campus e locais, tais como sistemas de gestão de aprendizagem.

Assim, é possível organizar a produção e utilização de vídeos educacionais e institucionais de forma a permear todo o campus em larga escala. Colocar o vídeo no centro do campus em 2014 vai pagar dividendos para os próximos anos. Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. O vídeo é isso. Mas em 30 frames por segundo.