Quanto mais competitivo é um setor da economia, maior será a exigência para que as organizações repensem seus serviços, produtos e custos. O desejo dos gestores é fazer com que suas organizações tenham um futuro próspero, daí a necessidade de boa gestão dos recursos financeiros e humanos.

Em um ambiente competitivo e dinâmico, não basta focar apenas na sustentabilidade econômica, pois a organização corre o risco de torna-se burocrática, engessada em modelos de gestão que não são compatíveis com o macroambiente, além de pouco inovadoras.

Os gestores das IES experimentaram, nas últimas duas décadas, a fase da rápida expansão do setor de educação superior e o processo de profissionalização da gestão.

Na atualidade, ter presença nacional, possuir milhares de alunos, extensa grade de cursos de graduação e bons executivos na gestão não são fatores que vão garantir o futuro e o sucesso institucional.

Ser sustentável requer capacidade de inovação, mas para inovar é preciso conhecer o ambiente da educação superior e planejar o futuro da instituição, com base na atividade fim: ensino e aprendizagem.

A sustentabilidade exige foco sistêmico (acadêmico e administrativo) e reinvenção do projeto institucional. Nossa sala de aula e a própria aula possuem o mesmo modelo e dinâmica há séculos, e os jovens que ingressam em nossas instituições têm perfil e demandas que geralmente não conhecemos.

Nossos alunos estão sentados em fileiras, a lousa está em uma das extremidades da sala, o professor é o centro das atenções e, geralmente, atua como o único protagonista do processo de ensino e aprendizagem. Os estudantes anotam o que escutam e pouco participam. Há casos em que a aula transforma-se em uma palestra que não instiga a reflexão e a cooperação.

O 16o FNESP quer instigar os gestores a compreenderem o macroambiente da educação superior, para que saibam equilibrar e (re)pensar práticas acadêmicas obsoletas.

Uma IES bem organizada na gestão não irá encantar e engajar os estudantes se não agregarem valor na formação. As IES terão que ampliar a discussão sobre como os alunos aprendem, trabalhar com temas que são significativos para a vida dos estudantes, manter um vinculo efetivo com os empregadores, focar em uma formação pautada em competências, repensar o modelo da sala de aula, investir na capacitação dos professores para que utilizem metodologias ativas, enfim, os próximos anos exigirão dos gestores outros desafios.

Os jovens que estão chegando e as próximas gerações que ingressarem em nossas IES exigem um ensino que seja efetivo, que lhes traga formação, que lhes permita ter um futuro profissional, que o valor das mensalidades seja justificado pelo aprendizado.

Não bastará uma IES com recursos financeiros se não houver uma proposta de ensino e aprendizagem efetiva. Um curso que não desperta interesse, que não motiva os estudantes, que não fomenta a aquisição de competências exigidas pelos empregadores será pouco atrativo, assim, a evasão, a inadimplência, a ausência nas aulas e o frágil desempenho acadêmico dos estudantes serão fatores comuns no cotidiano das preocupações dos gestores.

O FNESP tornou-se, nos últimos anos, um evento de vanguarda. É o evento de educação superior que proporciona aos participantes o conhecimento de temas contemporâneos, além de apresentar cases de sucesso e tendências.

Em 2014, para discutir os temas comentados acima, o SEMESP convidou gestores que possuem experiência em organizações sustentáveis e inovadoras, como Carlos Moreira, do Twitter da América Latina e cofundador do Canal Esporte Interativo. Moreira é um jovem executivo, que comandou empresas de grande porte. Ele tem o perfil empreendedor. Fez MBA em Babson College, nos Estados Unidos.

Em 2014, o Fórum terá ainda a presença de José Joaquin Brunner (Cátedra UNESCO de Educação Superior), Leonardo Gonçalves (diretor de planejamento do Grupo Educacional Kaplan/EUA), Maurício Garcia (vice-presidente Acadêmico da DeVry do Brasil), Michele Weise (do Instituto Clayton Christensen dos EUA), Antonio Savio (Laboratório de Metodologias Inovadoras do UNISAL/Lorena), Paulo Blikstein (Universidade de Stanford e Fundação Lemann) e Caco Barcellos (Profissão Repórter da TV Globo).

Até o final de setembro, o SEMESP irá encaminhar uma série de textos sobre o 16o. FNESP e seus palestrantes. As inscrições já estão abertas. Não deixe de acessar o link de inscrições para garantir a sua vaga.

Artigo do Prof. Fábio José Garcia dos Reis, Diretor de Operações do UNISAL – Lorena e colaborador para o FNESP.

Serviço

16º FNESP – Fórum Nacional do Ensino Superior Privado Brasileiro
Tema: Organizações Sustentáveis e os desafios de (re)pensar a educação superior.
Data: 25 e 26 de setembro de 2014
Local: Hotel Renaissance
Endereço: Alameda Jaú, 1.620 – Jardins – São Paulo – SP
Inscrições: acesse este link