Mediado por Ana Penido, diretora executiva do Instituto Inspirare o do Porvir, as palestras da manhã no evento O Futuro do Ensino Superior começaram com a apresentação do Dr. Vijay Kumar, Associate Dean and Senior Advisor for Digital Learning Program in General Educacion do Instituto de Tecnologia de Massachussets – MIT, com o tema “Futuro: As perspectivas para as IES nos próximos dez anos”.

Para Kumar, é um momento oportuno para debater a transformação educacional, demanda/oferta e a nova geração de estudantes. Há a necessidade de adquirir conhecimentos sobre a ciência da aprendizagem, tanto no âmbito da tecnologia, como no âmbito da educação ‘aberta’.

“Educação digital está se tornando central na forma de pensar o ensino-aprendizagem, temos apostado nisso no MIT, mas é preciso inovar, inclusive no ambiente digital. Além disso, é preciso investir em educação disruptiva que ocorre quando o relacionamento estrutural muda”, afirma Kumar.

O professor mostrou como ocorreu a evolução da tecnologia na educação no MIT, desde 1992 até a atualidade, e há uma preocupação com a experiência prática de ensino, aceitando a responsabilidade pelo processo de aprendizagem. O instituto americano se preocupa em influenciar a prática educacional em universidades de todo o mundo.

“ Muitas universidades dos EUA estavam lançando conteúdos on-line, por isso debatemos entre o corpo docente em como tirar vantagem da internet. Nossos professores tiraram daquilo algumas coisas sobre aprendizado on-line, pensando como podemos oferecer esses cursos de maneira diferente.”

MIT e Semesp alinhados

“Quando pensamos em mudança, temos que pensar de forma muito sistêmica. Foi muito interessante ouvir as ações do Semesp, pensadas de maneira sistêmica e sustentável” disse o palestrante. Para ele, é preciso pensar em realizações que personalizem a educação em grande escala.

Kumar também falou sobre a criação de uma força-tarefa no MIT, formada pelo corpo docente, que avaliam as melhores práticas de inovação. “A parte mais difícil de imaginar o futuro é desimaginar o passado”.