Proposta encaminhada aos representantes dos candidatos à Presidência na área da educação pelas entidades do ensino superior particular, no encerramento do Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, promovido pelo SEMESP, sugere a criação de um Fundo Nacional de Financiamento do Ensino Superior, cuja gestão deverá contar com a participação do MEC, de órgãos de classe e das instituições públicas e privadas de ensino superior.
          O Fundo deverá financiar bolsas para alunos de baixa renda, com reembolso em longo prazo, de acordo com o desempenho profissional, ou através de ressarcimento por meio de prestação de serviços na área de formação do beneficiado; bolsas de iniciação científica para alunos da graduação e pesquisadores juniores; bolsas para desenvolvimento de projetos de pesquisa e de gerenciamento acadêmico-administrativo, tanto para instituições públicas, quanto para as privadas, seguindo critérios similares de análise.

Financiamento 

          A proposta foi defendida, também, pelo prof. Cláudio Moura e Castro, presidente do Conselho Consultivo da Faculdade Pitágoras, de Belo Horizonte, durante palestra no evento, na qual analisou a situação econômica do setor educacional.
          “O governo e as instituições de ensino superior privado podem, em parceria, resolver o problema do aluno que não tem condições financeiras para arcar com os custos das mensalidades, equacionando simultaneamente a expansão na oferta de vagas uma vez que as universidades públicas não têm como absorver toda demanda.”
          Segundo ele, “a parceria vem ao encontro das transformações que se originam no ensino fundamental, provocando uma enorme vaga demográfica para dentro do médio e que, nos últimos anos, essa vaga começa a chegar ao superior. É a oportunidade de crescimento que desejávamos. Mas o sistema público, que está ao alcance financeiro de quase todos, não tem nem recursos e nem pique para crescer. Do lado privado, há várias alternativas”.
          Cláudio Moura e Castro avaliou que “a bolha demográfica que desequilibra o sistema é um sinal positivo. Estamos vivendo a democratização do ensino. Os dados estatísticos comprovam que a expansão do número de matrículas no superior, entre 1995 e 2000, foi de 12%, em comparação ao período de 1991 a 1994, com apenas 2%. O problema agora está sendo financiar a geração emergente, mais pobre.”
          O professor também defendeu a criação de um programa financiado pelo FGTS, planos privados de crédito educativo, da própria instituição, e empréstimos de bancos de desenvolvimento, entre outras. 
10.02