Num mundo de infinitas possibilidades, a única certeza para o sucesso é ter de decidir e partir para a ação

Por Luciene Leszczynski, editora

Por volta de minhas 18 primaveras ouvia a mãe questionar a respeito da educação que ela havia me dado. Se perguntava sobre os limites a mim estabelecidos até aquele momento e se, a partir dali, eu seria capaz de encontrar o meu “caminho do meio” de fazer as coisas e me desenvolver plenamente como adulta, profissional e pessoalmente. (Eu sempre soube que ela estava certa.)

A insegurança das mães em decidir como proceder com os filhos, desde quando eles começam a fazer birra e até criarem barba na cara (à exceção de quando eles nascem, que a coisa parece instintiva e o amor, incondicional), no entanto, não justifica a omissão ao ter de tomar uma decisão, deixar ir ou ficar, permitir ou cercear. Não as exime de arriscar a tomar partido das coisas, prospectar roteiros e indicar rumos, para aquela vida que se desenvolve diante dos olhos.

Na gestão dos negócios da nossa atividade cotidiana não é diferente. Enfrenta-se a necessidade de tomar decisões a todo momento que determinarão os rumos do desenvolvimento do trabalho empreendido, encaminhando, ou não, a plena realização da atividade. A insegurança da ação não corresponde aos resultados, desde que alguma decisão seja tomada, não importa qual seja o seu objetivo, conduta moral ou que tenha limitações.

Toda essa coisa de empreendedorismo, tão em voga no mundo do trabalho e para a formação de pessoas com mais atitude, que se permitam investir na carreira a seguir, tantas vezes conforme for necessário, está relacionada com a prática de tomar decisões, seja qual for o resultado programado. Levar adiante uma ideia, se preparando e construindo um ambiente propício para que ela se desenvolva, agregando relacionamentos e vislumbrando novas possibilidades é a base para que as coisas aconteçam. Decidir, e não permitir que a insegurança paralise.

No fundo somos todos empreendedores, às vezes só é preciso mostrar que podemos ter sucesso. Não seria essa confiança que os jovens necessitam aprender nos dias de hoje?