Foto: Malavolta Jr.

André Rossi, diretor de relacionamento da Num.br, apresentou durante a  Jornada Regional de Bauru, realizada pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior na última terça-feira (29 de março), as aplicações do Big Data para o setor educacional e como elas podem ajudar as instituições de ensino superior a melhorar a tomada de decisões e a captação e retenção de seus alunos.

A Num.br identificou o perfil dos frequentadores das redes digitais em Bauru e detectou que a maioria é formada por homens (63%), divididos nas faixas etárias:  dos 18 aos 24 anos (31%), de 25 a 34 anos (30%), de 35 a 44 anos (20%), de 45 a 54 anos (12%), de 55 a 64 anos (6%) e mais de 65 anos (1%). Já as mulheres perfazem um total de 37%, divididas nas faixas etárias: de 18 a 24 anos (39%), de 25 a 34 anos (33%), de 35 a 44 anos (16%), de 45 a 54 anos (7%), de 55 a 64 anos (3%) e mais de 65 anos (2%).

A partir do perfil, fez uma análise mês a mês de 2015 dos principais motivos de reclamação nas redes digitais, de alunos que já cursam graduação ou estão buscando cursos superiores. Por ordem de importância surgiram: atendimento e cobrança (ambos com 23,19%), problemas de sistema (14,49%), Fies (13,04%), diploma (11,59%), matrícula e estrutura da IES (ambas com 5,80%) e bolsa (2,90%).

“Constatamos que esses 23% se referiam a problemas com cobranças e a maior parte das menções (81%) a cobranças indevidas (como boletos de cursos já trancados). Além disso, foram relatados problemas com reconhecimento dos pagamentos, não recebimento de boletos e valor de reajuste da matrícula”, lembrou Rossi.

Também 23% dos comentários nas redes se referiam ao atendimento da universidade, sendo que 56% disseram que os funcionários da universidade passaram alguma informação errada (como, por exemplo, prazo de entrega de documentos). Os alunos também reclamaram de mal atendimento, dificuldade em entrar em contato e a perda de documentação.

No entanto, em fevereiro de 2016, foi feito novo levantamento para detectar o que os jovens mais procuravam e desejavam na rede e “foi evidente a força do FIES para os alunos, além de temas como ProUni e Sisu, claramente influenciados pelo período do ano”.

A pesquisa selecionou, ainda, notícias que geraram maiores buscas de estudantes na rede pelos cursos de Medicina e Pedagogia. “A notícia no JCNet que definia uma faculdade privada oferecendo um novo curso presencial de Medicina na região, fez com que o interesse aumentasse a procura em 2% de 2014 a 2015. A mesma influência para crescimento do público em relação a área de Pedagogia foi a notícia da abertura de cursos a distância por uma das universidades da região”, comentou Rossi.

A mesma lógica foi aplicada para os alunos que procuram por informações adicionais sobre os cursos, como qual faculdade fazer, preço das mensalidades, mercado profissional, entre outros. Os cursos que mais cresceram a procura no período de dezembro de 2015 a janeiro de 2016 foram: Pedagogia (108%), Letras (107%), Administração (94%), Nutrição (89%) e Engenharia (80%). Já os cursos mais buscados na cidade de Bauru em 2015 foram: Medicina, Direito, Arquitetura, Psicologia e Letras.