Boas práticas: vale a pena ajudar

Univap envolve alunos em programa de capacitação para comunidades carentes permitindo exercitar a prática da cidadania

Juliana Duarte 

Vale a Pena Viver. Não poderia haver nome melhor para o projeto social desenvolvido pela Universidade do Vale do Paraíba (Univap). Criado em 2003, o programa oferece cursos gratuitos de capacitação a moradores de comunidades carentes locais. A ideia é incentivar o amor pelo trabalho e, consequentemente, pela vida. “A iniciativa surgiu para englobar todas as ações desenvolvidas na universidade e envolver os alunos na prática”, comenta o reitor Ahed Said Amim.

Oficinas de informática (inclusão digital), culinária, corte e costura e elétrica são supervisionadas por professores e coordenadores da instituição. As aulas são ministradas por alunos de ciências da computação, engenharia elétrica, informática, além dos cursos técnicos, e realizadas dentro de unidades móveis (trailers), que podem ser estacionados em diferentes localidades. Os espaços oferecem todas as ferramentas necessárias para os encontros. “Escolhemos os locais de parada de acordo com a infraestrutura disponível no bairro em questão, pois precisamos ter acesso a água, luz, vigilância e também a sanitários”, afirma Amim. Além do veículo, o Vale a Pena Viver conta com uma unidade fixa na sede do Lions Clube de São José dos Campos (SP), um dos parceiros do programa, na qual são desenvolvidos cursos de alfabetização e elétrica. “A comunidade sai ganhando, bem como a instituição. Os estudantes aprendem na prática, são nossos estagiários. É uma experiência para a vida pessoal, pela filantropia, e também para a carreira”, ressalta Amim.

Os alunos participantes – atualmente 80 inscritos – são remunerados. “É uma forma de ajudar a arcar com a mensalidade e tornar o programa uma ferramenta que auxilia todas as pessoas envolvidas. Notamos uma evolução grande dos alunos, que descobrem que são capazes de ajudar”.