Na quarta-feira (21.02), o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresentou uma análise setorial do ensino superior da Região de São José do Rio Preto, no Hotel Quality Saint Paul, durante a 14ª edição das Jornadas Regionais. O evento é a primeira etapa, de uma série de sete, que é realizado anualmente e ao longo do primeiro semestre de cada ano. Capelato fez um alerta: “Não haverá crescimento do ensino superior sem Política Pública. Hoje o país vive uma situação financeira difícil e os marcos regulatórios podem alterar a situação do crescimento ou estagnação das matrículas do ensino superior nos próximos anos, mas só o tempo mostrará se as medidas tomadas até aqui serão positivas. Já o cenário para 2018 é que teremos uma queda de ingressantes em torno de 10%, principalmente em virtude das reformulações no Fies”.

Especificamente em São José do Rio Preto, segundo Capelato, houve queda de matrículas no cursos presenciais da rede privada de 1,0% (39,4 mil em 2015 para 39 mil em 2016) e de ingressantes (que iniciam o primeiro ano) a redução chegou a 8,3% (9.315 em 2015 para 8.542 em 2016). Em Barretos, a queda de matrículas em cursos presenciais chegou a 6,6% (11,9 mil em 2015 para 11,1 em 2016) e de ingressantes ficou em 7,6% (de 3.289 para 3.040 no mesmo período). Em Catanduva, embora tenha havido um crescimento de matrículas em torno de 3,1% (2.088 em 2015 para 2.153 em 2016), a porcentagem da queda de ingressantes chegou a 5,4% (705 para 607 no mesmo período). Em Votuporanga, a redução de matrículas em cursos presenciais ficou em 3,5% (4.709 em 2015 para 4.543 em 2016) e a de ingressantes em 9,4% (1.353 para 1.226 no mesmo período). Em Araçatuba, a queda de matrículas em cursos presenciais atingiu 2,2% (15,5 mil em 2015 para 15,2 mil em 2016) e o recuo de ingressantes chegou a 1,6% (4.439 para 4.366 no mesmo período). Em Andradina, a redução nas matrículas nos cursos presenciais ficou em 1,7% (2.589 em 2015 para 2.545 em 2016) e nos ingressantes chegou a 2,6% (855 para 833 no mesmo período). Em Jales, a queda nas matrículas dos cursos presenciais chegou a 7,2% (652 em 2015 para 605 em 2016) e, ao contrário das demais cidades, os ingressantes tiveram um crescimento de 72,3% (148 para 255 no mesmo período). Em Fernandópolis, bem diferente de todas as cidades anteriores, teve crescimento de matrículas em cursos presenciais de 0,3% (5.669 em 2015 para 5.687 em 2016) e nos ingressantes o aumento ficou em 0,1% (1.619 para 1.621 no mesmo período).

No entanto, as matrículas do EAD em São José do Rio Preto cresceram 32,9% (3.415 em 2015 para 4.540 em 2016) e de ingressantes o aumento chegou a 63,2% (1.894 para 3.091 no mesmo período). Em Barretos, as matrículas no EAD aumentaram em 11,2% (2.032 em 2015 para 2.259 em 2016) e nos ingressantes o crescimento chegou a 59,4% (808 para 1.288 no mesmo período). Em Catanduva, as matrículas no EAD cresceram 21,8% (1.428 em 2015 para 1.739 em 2016) e nos ingressantes o aumento ficou em 7,6% (764 para 822 no mesmo período). Em Votuporanga, o crescimento das matrículas no EAD chegou a 13,7% (388 em 2015 para 441 em 2016) e o aumento de ingressantes ficou em 47,8% (184 para 272 no mesmo período). Em Araçatuba, o aumento das matrículas no EAD ficou em 23,6% (3.101 em 2015 para 3.833 em 2016) e nos ingressantes o crescimento chegou a 73,5% (1.201 para 2.084 no mesmo período). Em Andradina o aumento de matrículas no EAD ficou em 19,2% (772 em 2015 para 920 para 2016) e nos ingressantes o crescimento chegou a 60,6% (335 para 538 no mesmo período). Em Jales, o crescimento tanto nas matrículas dos cursos EAD quanto de ingressantes foi exponencial (de 20 matrículas em 2015 para 113 em 2016 e de 22 ingressantes para 125 no mesmo período). Já em Fernandópolis, houve uma queda de 50% nas matrículas do EAD (316 em 2015 para 158 em 2016) e de 16,3% nos ingressantes (de 135 para 113 no mesmo período).

Ainda segundo o panorama do ensino superior, entre os cursos presenciais mais procurados a tendência de maior procura têm sido pela área de saúde. No EAD continua a procura por Pedagogia. Entre os cursos tecnológicos, os que têm tido melhor desempenho são os de empreendedorismo, estética e gastronomia. Quanto à migração de alunos que evadem dos cursos presenciais, 72,2% trancaram a matrícula e não foram para lugar algum, 0,9% foi para a modalidade EAD e 26,9% migraram para outro curso presencial. Entre os cursos EAD, 92,2% trancaram a matrícula e não foram para lugar nenhum, 7,6% migraram para um curso presencial e 0,3% migraram para outro curso EAD.

As Jornadas Regionais tiveram ainda palestras sobre “Regulação, Supervisão, Avaliação e Qualidade” do ensino superior e “Análise de Mercado, Comunicação Digital e Inovação”, com o diretor jurídico do Semesp, dr. José Roberto Covac, que discorreu sobre as mudanças na legislação e os impactos nas IES após o Decreto 9.235/17, e o pró-reitor Acadêmico do Centro Universitário UniCarioca, Maximiliano Dantas, que falou sobre os novos Instrumentos de Avaliação e como organizar a instituição para obter melhores resultados nos processos avaliativos. No segundo bloco, o coordenador do SADEBR, Glauson Mendes,  abordou  a Comunicação Digital como estratégia para captar e reter alunos e a professora e coordenadora do Curso de Pedagogia do Unisal (Lorena), Maria Aparecida Felix do Amaral e Silva, mostrou como sensibilizar a área acadêmica e engajar os professores em processos de inovação que gerem mudanças institucionais.

As próximas cidades que receberão as Jornadas Regionais deste ano serão: Campinas (28/2); Marília (14/3); Santos (4/4); São José dos Campos (16/5); Sorocaba (23/5) e Ribeirão Preto (5/6).