Os diretores do Semesp Rodrigo Capelato, Executivo, Fábio Reis, de Inovação e Cooperação de Redes, e José Roberto Covac, do Jurídico, participaram na última terça-feira (13), em São Paulo, de uma reunião com a delegação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, uma das organizações internacionais mais representativas para estudos econômicos, com o intuito de contribuir com a consultoria “Quality Assurance of Higher Education in Brazil”, análise externa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) no Brasil solicitada à OCDE pelo Ministério da Educação – MEC.

A equipe da OCDE esteve de 5 a 14 de março no Brasil para realizar visitas in loco nas cidades de Brasília, Recife e São Paulo e conversou com os diversos segmentos envolvidos como instituições de ensino públicas e privadas, com e sem fins lucrativos, agências de financiamento de pesquisa e associações de classe. Na capital paulista, estiveram presentes Thomas Weko, analista sênior da OCDE e coordenador do projeto; Simon Roy, analista da OCDE; Pedro Teixeira, vice-reitor da Universidade do Porto, em Portugal; e Maria José Lemaitre, diretora Executiva do Centro Interuniversitario de Desarrollo, no Chile.

Convidados pela OCDE a expressar suas percepções em relação ao Sinaes, os diretores do Semesp expuseram diversos estudos avaliativos, publicados ao longo dos anos pela entidade, e que tangem aos sistemas de regulação e avaliação, como mencionado.

Segundo Fábio Reis, foi um momento muito importante para o Semesp poder se posicionar em relação ao Sinaes. A entidade propôs ao sistema uma aplicação com menos controle e mais descentralização para que o mesmo possa ter uma dinâmica mais competitiva no Brasil.

Além disso, segundo Reis, os representantes da OCDE ficaram impressionados com a quantidade de pesquisas voltadas à educação que são disponibilizadas com frequência pelo Semesp, como o Mapa do Ensino Superior, o Documento de Diretrizes de Política Pública, entre outras pesquisas com egressos e até mesmo  publicações da Ensino Superior, revista que o Semesp pauta. “A seriedade com a qual o Semesp trata a educação superior no Brasil vem recebendo cada vez mais visibilidade internacional, e é por meio de propostas eficientes que reafirmamos ser muito mais que um sindicato, ser uma entidade que contribui efetivamente com a qualidade do ensino superior no nosso país”, pontua.

O Semesp também colocou em discussão a autoridade que os Conselhos exercem atualmente no país, representatividade que desprestigia aquilo que é essencial nos Sinaes, a autoavaliação na Comissão própria de avaliação, de acordo com Rodrigo Capelato. Segundo o diretor executivo do Semesp, isso ocorre por causa da burocracia que o sistema brasileiro encontra para compreender o processo de avaliação e regulação, o que impacta verdadeiramente na qualidade da execução do sistema.

Em resumo, para o Dr. José Roberto Covac, o mérito do Semesp é priorizar a melhoria da oferta de cursos com a finalidade de contribuir para sociedade como um todo, para o aluno principalmente, e nesse sentido que o monitoramento destina-se como melhoria do controle de avaliação da educação, para confiar um sistema de qualidade à educação superior privada que hoje apresenta notória importância no cenário educacional brasileiro.