Francisco Sérgio Ferreira Jardim, secretário de Agricultura do Estado de São Paulo.

“O Projeto Pequena Propriedade Produtiva Sustentável (PPPS), idealizado pela Unoeste, contribui na melhoria da renda e qualidade da produção leiteira do agricultor familiar”. A afirmação é de Francisco Sérgio Ferreira Jardim, secretário de Agricultura do Estado de São Paulo e foi exposta após conhecer um pouco mais sobre a iniciativa da universidade, em uma reunião do grupo gestor do Mais Leite Mais Renda – Plano de Desenvolvimento da Bovinocultura Leiteira Paulista, na última semana, na sede da secretaria na capital paulista.

Participaram do encontro presidido por Jardim, as coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (Cati), representantes de instituições de ensino e pesquisa e entidades ligadas ao setor; além dos diretores de 21 Escritórios de Desenvolvimento Regional (EDRs), da Cati, que estão desenvolvendo ações ligadas ao plano em suas regiões. Na ocasião, a Unoeste, esteve representada pelo docente do curso de Agronomia e um dos responsáveis pelo PPPS, Neimar Rota Nagano.

“Atualmente o Projeto Pequena Propriedade Produtiva Sustentável, atende nove municípios do Pontal do Paranapanema e um da Alta Paulista, contabilizando em média 80 propriedades”, revela. O professor lembra que as boas práticas dessa iniciativa estão no Mais Leite, Mais Renda idealizado no Pontal do Paranapanema. “Nesse encontro apresentei os resultados que estão sendo gerados em nossa região que agregam valor a produção leiteira e, também, às demais atividades do agricultor familiar”, enfatiza.

Mediante as reflexões proporcionadas no encontro, Nagano destaca que esse projeto pode se tornar modelo, inclusive, para outras regiões do Estado. Lembra que, o trabalho da Unoeste foi enaltecido pelos presentes que destacaram que a experiência dos futuros agrônomos por meio do contato direto com o produtor no desenvolvimento de modelos personalizados para a otimização das suas produções é uma postura pioneira da nossa instituição de ensino. “Após esse encontro, diretores da Cati de outros lugares já entraram em contato com a gente, a fim de conhecerem mais sobre a nossa iniciativa e introduzi-la em suas respectivas regiões”.

Ranking – O Estado de Minas Gerais continua, em números absolutos, como o maior produtor de leite do Brasil, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2016, foram quase 9 bilhões de litros, que é 26,7% da produção nacional. São Paulo está em quarto no ranking, apresentando produção estável de 2016 para 2017.

De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o território paulista apresentou uma pequena oscilação negativa de 0,03%, com volume de 1,581 bilhão de litros no ano passado. É importante lembrar que o volume representa pouco mais de 20% do total consumido no Estado. Isso demonstra o potencial de crescimento do mercado, desde que seja oferecido um produto de qualidade e a baixo custo, a partir de cadeias produtivas eficientes.

Na reunião, Jardim lembrou que a pasta estadual atua em diversas frentes para atingir o objetivo com maior rapidez. Algumas medidas adotadas foram as atualizações nas leis que regulamentam a agroindústria de pequeno porte e a integração de ações entre o Governo do Estado e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Nossa maior arma é a informação. Estamos dialogando com todos os elos da cadeia e ouvindo sugestões para construir projetos que sejam adequados à realidade de cada região e de cada produtor. Estamos criando um ambiente favorável para que toda a cadeia venha a ganhar”, enfatiza o secretário.

Expansão – Nesta segunda-feira (11) foi realizada a assinatura do convênio de cooperação técnica entre a Unoeste e a Prefeitura de Taciba (SP), para a realização do PPPS, com os produtores do município. O acordo oferecerá assistência e melhoria das técnicas de produção agropecuária por meio do trabalho desenvolvido pelo projeto da universidade com o apoio municipal. Na ocasião, estiveram presentes o prefeito Alair Antônio Barbosa e o vice “Beto Braquiária”, representantes do poder legislativo, funcionários da Casa da Agricultura, produtores rurais da cidade, além de Nagano, acadêmicos de Agronomia e o coordenador do curso, Carlos Sérgio Tiritan.