Análise do Decreto 9.057, realizada com o auxílio de Big Data, revela avanços e mostra o que é necessário para atingir bons índices na avaliação do MEC

O Semesp produziu uma análise minuciosa do Decreto 9.057, que reorganiza o processo de regulação, avaliação e supervisão das instituições de ensino superior, para mostrar quais os pontos que o Ministério da Educação pretende priorizar nas avaliações das IES e como essas devem leva-los em consideração.

O resultado da análise foi descrito em um artigo assinado pelo diretor de Inovação e Redes, Fábio Reis, o especialista em Big Data e consultor da Expertise Educação, Fernando Covac, e o sócio da Covac Sociedade de Advogados e diretor Jurídico do Semesp Dr. José Roberto Covac.

Para os especialistas, os novos parâmetros de avaliação representam um avanço significativo para as IES que acreditam e investem em inovação acadêmica. “Não há dúvida de que houve avanços, sobretudo com a publicação dos instrumentos de avaliação de cursos de graduação para os atos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento nas modalidades presencial e a distância”, dizem os autores.

Além das análises qualitativas dos instrumentos de 2015 e 2017, com apoio de análise Big Data oferecida pela consultoria especializada Expertise Educação, os três especialistas fazem uma avaliação comparativa, utilizando como ferramentas o contador de palavras e o processo de corpus linguístico, apresentando nuvens de palavras e relatórios estatísticos dos dados de linguagem coletados, mostrando quais termos ganharam força e peso para o MEC.

“É possível fazer algumas interpretações e correlações entre o uso das palavras e o que o instrumento de avaliação valoriza e requer das IES”, explica Fábio Reis. Como exemplo, o diretor cita o uso da expressão PPC (Processo Pedagógico de Curso) que mais que triplicou e indica que o documento é estratégico para as IES.

“O instrumento de avaliação deixa claro que se uma IES tem um processo pedagógico bem estruturado, que declare o seu projeto e planejamento, o resultado da avaliação será positivo e aumenta as chances de a IES obter nota 5 nos diferentes indicadores da avaliação”, reforça o diretor.

Uma das palavras mais utilizadas nos documentos no que se refere à inovação seja aprendizagem. No instrumento de avaliação, em alguns momentos, aparece a expressão ensino-aprendizagem, em outras, apenas aprendizagem. Em 2015, a palavra aprendizagem não foi utilizada nenhuma vez; já em 2017, 53 vezes. Finalmente, o INEP irá instigar as instituições a priorizarem a aprendizagem dos estudantes.

No mesmo sentido, os especialistas observaram que o uso da palavra docente caiu em 2017: de 161 menções para 135 em autorização e 142 em reconhecimento. Se em 2015 essa era a segunda palavra mais citada no documento de avaliação, agora é a sétima. “Isso não significa que o docente perde a relevância, mas provavelmente representa uma mudança do foco, do professor para o estudante, do ensino para a aprendizagem. Também vale registrar que não há mais um indicador de porcentagem de mestres e doutores que um curso de graduação deve manter em seu corpo docente”.

O objetivo da análise é guiar as instituições de ensino em suas mudanças estratégicas a fim de trazer para o setor maior qualidade, desenvolvimento e modernidade, uma vez que o próprio MEC parece estar dando essa abertura.

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