Fonte: DCI

São Paulo recebeu o 19° Fórum Nacional do ensino superior Particular (FNESP), realizado pelo Sindicato das Mantenedoras de ensino superior (Semesp). Delegações da Europa e da América do Sul trouxeram tendências que podem ser aplicadas no Brasil.

País referência em educação, a Finlândia trouxe entre seus delegados Jukka Mõnkkõnen, reitor da Universidade da Finlândia Oriental (University of Eastern Finland), a maior universidade virtual dos países nórdicos, e membro do Conselho da Universidade da Finlândia (Finland University). Mõnkkõnen, apontou dados que justificam o grande sucesso da educação no país, atualmente com 14 universidades, que contemplam pesquisa científica, formação geral e profissional; e 23 de ciências aplicadas (politécnicas), com educação para profissões de acordo com as necessidades do mercado.

Ele explicou que há um grande investimento em educação, sempre voltado para a inovação e pesquisa nas universidades. “Sem uma boa atividade científica, não se pode ser tão ativo na inovação.” Com um sistema totalmente público, Mõnkkõnen afirmou que as normas finlandesas são diferentes de outros países: ensino gratuito da creche à universidade. “É acessível para termos um bem-estar amplo.”

Já o diretor do Semesp, Hermes Ferreira Figueiredo, defendeu que seria necessário no Brasil, que o ensino superior não fosse público para todos, como acontece atualmente. Na prática, pessoas com melhor condição financeira comprovada, deveriam pagar uma mensalidade nas universidade públicas, e as vagas gratuitas ficariam reservadas para quem realmente não tem condições de pagar. “Não se deve desperdiçar recursos por causa de concepções equivocadas, a começar pela utopia de que o Brasil tem condições de oferecer ensino superior gratuito para todos”. A proposta do Semesp já é praticada no Chile, que destina vagas gratuitas para pessoas com renda menor de US$ 250.

Mõnkkõnen destacou que, apesar do sistema ser público, existe no país nórdico a parceria do governo com as empresas privadas. Para ele, esse tipo de apoio deveria ser ampliado no Brasil.